Golpe

Kwid elétrico comprado em leilão tinha placa de concreto no lugar da bateria

Caixa da bateria recheada de concreto foi mostrada pelo proprietário em vídeo publicado nas redes sociais

30/03/2025, 22:00
Kwid elétrico comprado em leilão tinha placa de concreto no lugar da bateria

São Paulo, SP - Comprar carro em leilão sempre oferece riscos, mas uma oficina de Araruama, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, teve uma surpresa chocante. A B3Car, loja especializada em carros de leilão, adquiriu um Renault Kwid elétrico que estava com a frente bem danificada. Mas o problema, na verdade, estava escondido no assoalho.


Ao levantar o hatch na oficina, e verificar o conjunto elétrico, funcionários encontraram um bloco de concreto no lugar da bateria de 26,8 kWh. No vídeo publicado no Instagram, um dos técnicos da B3Car mostra a caixa da bateria recheada de concreto. Na postagem, a empresa fala em um prejuízo de R$ 40 mil, mas não dá detalhes.


“Quando a gente foi finalizar a parte mecânica do carro pra funcionar - o carro, né, veio sem funcionar. Detectamos um problema grave do leilão, mais uma vez sendo covarde e não deixando claro que o carro estava com a bateria adulterada. Quando fomos abrir a bateria: concreto no lugar da bateria. Prejuízo de mais de R$ 40 mil”, diz um dos funcionários da loja no vídeo.


Segundo caso


Este, contudo, não é o primeiro caso envolvendo a mesma unidade do Renault Kwid elétrico. Em agosto de 2024, uma outra oficina recebeu o hatch, que foi adquirido por um cliente em um leilão. E fez a descoberta. Novamente ao erguer o modelo em um elevador automotivo, notou-se os conectores da bateria soltos. Em seguida, ao remover o componente, havia um grande bloco de concreto no lugar das células de íons de lítio.


Na ocasião, a oficina subiu um vídeo no perfil @ralla_tecnologia, no Instagram, mostrando a “surpresinha” dentro do Renault Kwid E-Tech (veja abaixo). O veículo aparentemente foi devolvido ao leiloeiro, que, então, recolocou o modelo à venda em um pregão recente. Foi quando a oficina B3Car de Araruama arrematou o carro.


Atualmente, a bateria é o componente mais caro de um veículo 100% elétrico. Em alguns casos, chega a custar quase a metade do preço do carro – lembra do Fiat 500e que bateu o assoalho na rua e danificou a bateria? O componente, na época, foi orçado em R$ 240 mil, ou seja, quase o preço do carro, que tinha tabela de R$ 255.990.


No caso do Renault Kwid elétrico, a bateria de 26,8 kWh entrega uma autonomia de até 185 km segundo o Inmetro. A arquitetura do hatch permite carga rápida em corrente direta (DC). Assim, é possível “encher” a bateria em cerca de 40 minutos. Já em um Wallbox residencial de 7 kWh, a recarga leva em torno de 3 horas.


Foto: Reprodução/Instagram

Estadão conteúdo

Mais matérias Brasil