Rio, 12 (AE) - O Flamengo ficou perto do título carioca, ao derrotar o Fluminense, nesta quarta-feira, por 2 a 1, no Maracanã. As equipes voltam a se enfrentar no próximo domingo, às 16 horas, e a equipe rubro-negra poderá perder por até um gol de diferença para levantar a taça.
Esta foi a primeira vitória do técnico Filipe Luís como técnico do Flamengo
diante do Fluminense. Nos dois jogos anteriores, o jovem treinador havia somado
um empate e uma derrota.
O Flamengo começou se impondo no campo de ataque. O Fluminense fazia marcação
forte, mas mantinha um posicionamento defensivo.
O Flamengo concentrou suas jogadas pela direita, onde Gerson surgiu como boa
opção. E o primeiro gol do jogo veio os cinco minutos, com Wesley, que arriscou
chute cruzado de fora da área, surpreendendo o goleiro Fábio: 1 a 0.
Apesar da vantagem no placar, o Flamengo se manteve no campo ofensivo, inibindo
qualquer possibilidade de contra-ataque do Fluminense.
A partir dos 15 minutos o Fluminense passou a tocar melhor a bola, sob a
orientação de Arias, mas não conseguiu finalizar na meta de Rossi.
A primeira chance tricolor só surgiu aos 31 minutos. Depois de um 'perde-ganha'
incrível na intermediária do Flamengo, Arias surgiu livre diante de Rossi, mas
errou o alvo de forma incrível, perdendo a chance de empatar.
O primeiro tempo termina com muita disputa pela bola, mas com poucas
oportunidades de gol, talvez frustrando a expectativa do técnico da seleção
brasileira, Dorival Júnior, presente nos camarotes do Maracanã.
O Flamengo teve o mesmo domínio da bola no começo da etapa final, mas, sem
objetividade, não incomodou o goleiro Fábio. Aos oito minutos, o goleiro do
Fluminense se recuperou da possível falha no gol do Flamengo, ao fazer uma bela
defesa na finalização de Arrascaeta. Aos 14, foi a vez de Luiz Araújo testar o
goleiro adversário.
A exemplo dos primeiro tempo, o Fluminense só começou a ter presença na área do
Flamengo a partir dos 15 minutos, mas sem precisão para assustar o goleiro
Rossi.
A exposição do Fluminense deixou espaços para o Flamengo armar jogadas e o time
de Filipe Luís não desperdiçou a oportunidade. Em jogada com participação de
Gerson e Arrascaeta, Juninho fez o segundo gol rubro-negro.
Daí para frente a festa foi da torcida do Flamengo, confiante de que o título
será conquistado domingo que vem no mesmo Maracanã. Mas, aos 42, Keno diminuiu
para o Fluminense dando um alento para os torcedores tricolores, que viram o
time pressionar até o final em busca do empate, mas sem sucesso.
Libertadores
São Paulo, 12 (AE) - Tolima em 2011,
Guaraní do Paraguai em 2020 e Barcelona de Guayaquil em 2025. Em quatro
participações do Corinthians na pré-Libertadores, três quedas, a última delas
nesta quarta-feira, quando o time alvinegro foi eliminado mesmo vencendo o
Barcelona por 2 a 0, na rodada de volta da fase derradeira por vaga na etapa de
grupos do torneio continental. O triunfo de nada adianta porque, no Equador, os
corintianos foram derrotados por 3 a 0, em exibição muito abaixo do que se
esperava da equipe.
Em termos continentais, a equipe comandada por Ramón Díaz passa a se preocupar
agora com a Copa Sul-Americana. Há, entretanto, uma grande missão a se encarar
nos próximos dias. No domingo, o compromisso é um clássico com o Palmeiras,
pelo jogo de ida da final do Paulistão, no Allianz Parque, às 18h30. A decisão
será em Itaquera, dia 27.
Em sintonia com a torcida, o Corinthians fez o que tinha de fazer desde os
primeiros segundos da partida, não à toa chegou com perigo em menos de um
minuto, em lance no qual Yuri Alberto cabeceou para fora. A equipe equatoriana
mal tocava na boa e observava o avanço corintiano, que muitas vezes não se
desenrolava perfeitamente, mas era indício de uma postura totalmente diferente
da que foi vista na derrota sofrida no Equador.
Durante os poucos momentos em que o Barcelona tinha a bola, choviam vaias da
arquibancada, especialmente direcionadas ao goleiro Contreras, que demorava-se
com a bola nas mãos sempre que tinha a oportunidade. A ideia de fazer o gol o
mais rápido possível para reverter a desvantagem começou a esmorecer frente a
algumas dificuldades apresentadas pelo time alvinegro.
O jogo se concentrava do lado direito, por onde Carrillo caia para apoiar o
ataque e cometia erros. Outra alternativa explorada era a bola aérea, sem
sucesso. Passada a primeira metade da etapa inicial, o peruano calibrou a
atuação e ajudou a amplificar a intensidade corintiana. Foi autor, inclusive,
de um belo chute de primeira que parou em defesa de Contreras.
Nenhum jogador do Corinthians, contudo, era mais perigoso que Yuri Alberto.
Além do lance nos segundos iniciais, ele ofereceu perigo em mais um lance de
bola aérea e também arriscando de fora da área após girar em cima da marcação,
parecido ao que fez Memphis minutos depois.
Como o tempo passava e o gol não saia, Ramón Díaz entendeu que precisava fazer
alguma coisa e foi ousado. Aos 30 minutos, tirou o volante Raniele e colocou o
atacante Ángel Romero em campo, recuando Carrillo. O paraguaio colocou fogo em
lances pela direita. Quem decidiu, contudo, foi o equatoriano Félix Torres, que
cabeceou para a rede após cobrança de escanteio de Garro e celebrou
discretamente, já que o Barcelona é seu time de coração
No começo do segundo tempo, houve maior preocupação defensiva para o
Corinthians. Torres, em grande noite, foi excepcional para interceptar duas
investidas perigosas pelo lado direito da defesa. Fora isso, Hugo Souza teve de
espalmar uma finalização perigosa de fora da área.
A aflição no estádio aumentava conforme o cronômetro passava dos 15 minutos e o
segundo gol não saia. Até que, aos 17, o volante brasileiro do Barcelona,
Leonai, fez falta em Martínez para matar um contra-ataque, recebeu o segundo
amarelo e, portanto foi expulso. Com um a mais, Ramón foi para o tudo ou nada.
Substituiu Martínez por Talles Magno e povoou o setor ofensivo para se
aproveitar da vantagem numérica.
Parecia, contudo, não haver uma estratégia mais sólida para furar a defesa do
Barcelona, que passou a se dedicar exclusivamente a se proteger, com a maioria
dos jogadores no campo de defesa. Quase toda jogada corintiana terminava em
cruzamentos infrutíferos para a área. Quando não isso, muita afobação e
equívocos na tomada de decisão na hora do último passe.
Mesmo sem tanta organização, a apreensão da torcida foi dissipada quando
Memphis dividiu com o goleiro e a bola sobrou para Carrillo empurrar para a
rede e ampliar a vantagem corintiana no jogo. Houve ainda, mais um pouco de
inquietação, já que a equipe de arbitragem de vídeo revisou o lance para
entender se estava impedido. Ao fim da avaliação, gol validado e explosão em
Itaquera. Restava pouco tempo e o Corinthians não teve tantas chances de fazer
o terceiro. A melhor delas foi desperdiçada por Matheuzinho.
Fonte: Estadão conteúdo
Fotos: Gilvan de Souza/Flamengo/ Rodrigo Coca/Agência Corinthians