A lei paraguaia não determina racismo como crime, mas como uma infração, passível de multa. Cabe, então, somente à Justiça Desportiva agir sobre o caso.
São Paulo, SP - O caso de racismo contra Luighi, do Palmeiras, na Libertadores Sub-20 no Paraguai, chegou a instâncias mais altas do futebol. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, publicou uma nota em apoio ao garoto de 18 anos. Enquanto isso, Leila Pereira teve finalmente reposta da Conmebol, que prometeu punições ao Cerro Porteño. A CBF pediu para que o clube paraguaio seja expulso da competição.
O apelo da confederação brasileira foi formalizado em um documento de 29 páginas elaborado pelas Diretorias Jurídica e de Governança e Conformidade. A entidade se baseia no protocolo global da Fifa para casos de discriminação, que não foi cumprido pelo árbitro da partida.
Na denúncia, a CBF argumenta, ainda, que o futebol sul-americano carrega um histórico de impunidade em relação a atos racistas e que as sanções aplicadas são, na maioria das vezes, insignificantes para coibir novas ocorrências. A denúncia reforça que "a esmagadora maioria das vítimas advém do solo brasileiro".
Infantino foi um dos destinatários do documento. A Fifa ainda não se manifestou sobre uma ação concreta para o caso, mas o presidente da entidade máxima do futebol publicou uma nota de apoio a Luighi.
"Estou profundamente indignado com o abuso racista sofrido pelo jogador Luighi. É de partir o coração ver um jovem jogador ser levado às lágrimas por um comportamento tão vergonhoso. O futebol deve ser um espaço de respeito, inclusão e união - e tudo começa com os jovens e a base", escreveu o italiano.
A denúncia da CBF também chegou ao presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, o qual havia ignorado as ligações de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, para falar sobre o caso, segundo a própria dirigente. "Não consegui falar com ele. A Conmebol está sendo muito displicente. Estou tentando desde ontem e não consegui", contou.
A reclamação pública, feita em entrevista coletiva, teve efeitos. Após a fala, Alejandro ligou para Leila e prometeu que o Cerro Porteño será punido duramente.
A lei paraguaia não determina racismo como crime, mas como uma infração, passível de multa. Cabe, então, somente à Justiça Desportiva agir sobre o caso. O protocolo da Fifa prevê derrota para o time associado aos atos racistas, mas o Cerro Porteño já foi superado pelos palmeirenses pelo placar de 3 a 0.
Foto: Fabio Menotti/Palmeiras
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Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
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