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OFIR LOYOLA

Servidores ameaçam “buzinaço” contra o estacionamento irregular de motos

Projetado há mais de 100 anos, hospital que é referência não previu explosão de veículos na área de estacionamento.

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  • Da Redação | Coluna Olavo Dutra
  • 21/12/2025, 18:15


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undado em 1912, o Hospital Ofir Loyola é referência no tratamento de câncer, neurocirurgia e transplantes no Norte do País. Atende cerca de 15 mil pacientes por mês pelo SUS e, ao longo de mais de um século, sempre conviveu com desafios estruturais e operacionais. Um deles, improvável à época de sua concepção, agora virou foco de conflito: o excesso de motocicletas no pátio interno.

Baderna incontrolável

Quando o hospital foi projetado, há mais de 110 anos, seria impossível prever a explosão da frota de veículos e a pressão atual por vagas internas. Ainda assim, servidores que utilizam motocicletas - todos amparados pelo benefício do vale-transporte - passaram a exigir estacionamento dentro do complexo hospitalar a qualquer custo.

O resultado tem sido a ocupação irregular de áreas vedadas, como Casa de Máquinas e trechos da rede de gases, expondo servidores, pacientes e o próprio patrimônio público a riscos evidentes. A situação chegou a tal ponto que parte dos servidores ameaça promover um “buzinaço” nesta segunda-feira, justamente no dia em que a direção do hospital os convidou formalmente para o diálogo.

 Bom senso x barulho

A manifestação seria uma reação à decisão da administração de limitar áreas e quantidade de vagas destinadas a motos, medida adotada em nome do ordenamento, da segurança e do bem-estar dos pacientes - muitos deles em condição clínica delicada.

Vale lembrar que o Código de Trânsito Brasileiro é explícito: o artigo 227 considera infração o uso de buzina próximo a hospitais, escolas e igrejas, sujeitando o condutor a multa e à perda de três pontos na CNH.

O que diz a direção

Procurada pela coluna, a Assessoria de Comunicação do Hospital Ofir Loyola foi direta:

“Não é possível prolongar o atual grau de desordem, em prejuízo de quem só quer trabalhar e, sobretudo, de nossos pacientes. Isso é inegociável. Dentro da realidade física do hospital, definimos um limite do que hoje é possível disponibilizar para estacionamento de motos no pátio interno, pondo fim a um descontrole generalizado que já provocava até a depreciação do patrimônio público. Chamamos as lideranças do movimento para reiterar nossos esforços de ordenamento, no interesse de preservar aquilo que o HOL mais preserva: o cuidado com seus servidores e pacientes”.

Escolha ruidosa

Entre o direito à comodidade e o dever de garantir segurança hospitalar, a escolha não deveria gerar ruído - muito menos buzinaço. Em um ambiente onde silêncio e ordem salvam vidas, barulho é tudo o que não cabe.

Papo Reto

·Do jornalista, bacharel em Direito e fotógrafo acidental jmLp: “Gilmar Mendes (foto), tyrannossaur0us rex da savana suprema, voltou atrás.

·Não só o PGR - hoje, um caricatural Gonet, ex-sócio de Gilmar na grana empresarial pode pedir o impedimento de toga top. Desconhecem-se os por trás e pela frente dos conchavos que causaram o recuo.

·No STF, a democracia baila cortesã de sáurios e parceiros, nada se cria de bom e bem, tudo flutua flex - doutrina, costume, lei, jurisprudência.

·Se o rex acordar com humor de hiena revoga a lei. Exploda-se o resto. Mais civilizado impossível”.

·Os EUA possuem mais de 300 milhões de habitantes e um número ainda maior de armas de fogo, gerando grande mortandade de civis e suicídios dentre os países ditos desenvolvidos.

·O ataque de dois atiradores contra a comunidade judaica na Austrália, na semana passada, foi um alerta ao governo, que pretende coibir a venda de armas sem o controle do Estado.

·A experiência de liberar a venda de armas no governo Bolsonaro foi um desastre bem aproveitado para as facções criminosas e milícias.

·A nova fase da Operação Sem Desconto avançou sobre o andar de cima da política e da Previdência: a PF e a CGU miraram o senador Weverton Rocha e afastaram o secretário-executivo da pasta, Adroaldo Portal, apontado como peça-chave no esquema de descontos ilegais sobre benefícios do INSS. 

·A nova fase da Sem Desconto mira os rastros financeiros deixados pela organização criminosa responsável pelos desvios no INSS. 

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Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.