Belém, PA - servidores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, TJPA, aprovaram, na última segunda-feira, indicativo de greve com paralização já confirmada para esta quarta-feira, 11. A decisão aconteceu durante Assembleia Geral Extraordinária da categoria, convocada pelo de forma híbrida, de uma convocada pelo Sindicato dos Funcionários do Judiciário do Estado do Pará - Sindju-PA
A Assembleia, realizada de forma híbrida - presencial e online -, contou com a participação de aproximadamente 450 servidores. Durante a reunião, foram discutidas questões cruciais, como a isonomia do risco de vida, a progressão do Plano de Cargos Carreiras e Salários-PCCR, o sobreaviso de plantão e os plantões extenuantes.
Com a decisão de aprovar um indicativo de greve, a mobilização da categoria está programada para se intensificar nas próximas semanas. Serão realizados atos em todo o estado, pressionando o TJPA a atender às reivindicações dos servidores.
“Estamos enfrentando um impasse na nossa luta pelo PCCR e não podemos aceitar mai descaso. Chegou a hora de mostrarmos nossa força e união. Não vamos recuar até que nossos direitos sejam assegurados”, ressaltou um dos sindicalistas ao Portal Olavo Dutra.
Paralisação
A primeira paralisação da categoria já acontece nesta quarta-feira, 11, quando os sindicalistas também pretendem mobilizar outros servidores na entrada do órgão, na avenida Almirante Barroso, para aderirem à pauta e aumentar a pressão sobre os dirigentes do órgão.
De acordo com relatos extraoficiais, o pano de fundo para dificultar a aprovação da pauta requerida pelo Sindju é a disputa política de indicação dos nomes da futura gestão do TJPA, tendo em vista a eleição para o novo corpo diretivo e novo presidente(a) do Tribunal de Justiça no próximo dia 9 de outubro.
A lógica seria que o atual vice-presidente fosse eleito, mas de acordo com fontes do próprio TJPA, o governador Helder estaria pressionando para favorecer o desembargador Leonam Cruz, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, TRE-PA. Uma ação estratégica em ano de eleição. O tema chegou a ser intensamente debatido na sessão do Pleno do dia 28/08 da Corte, mas, apesar dos discursos acalorados, nenhuma decisão concreta foi definida.
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