Incógnita

Remo consegue impugnar primeiro RExPA na Justiça, mas FPF afirma que decisão de domingo está mantida

"A conduta da FPF beira o inacreditável e demonstra sua parcialidade e de seu Presidente”, afirma a diretoria azulina, em nota.

12/04/2024 21:05
Remo consegue impugnar primeiro RExPA na Justiça, mas FPF afirma que decisão de domingo está mantida

Belém, PA - O jogo do próximo domingo entre Remo e Paysandu, o segundo válido pela decisão do Campeonato Paraense de 2024, tornou-se uma grande incógnita. A diretoria azulina conseguiu, junto ao Tribunal de Justiça Desportivo do Pará (TJD/PA), a impugnação da partida realizada entre as duas equipes no dia 7/4, quando o Papão venceu por 2 a 0, no Mangueirão.


Durante esta semana, a diretoria azulina revelou que solicitou à Federação Paraense de Futebol (FPF), logo após o encerramento da partida, os áudios com as conversas dos árbitros de vídeo - VAR -, que, de acordo com o Remo, teriam influenciado diretamente no resultado final da partida.


"A Federação Paraense de Futebol ao invés de fornecer a integralidade das gravações do jogo, o que era direito liquido e certo da equipe Federada, não o fez, tendo o Clube do Remo que entrar com pedido perante o Tribunal Desportivo do Pará, que foi atendido prontamente”, afirmou o Remo, em nota.


Cabo-de-guerra


O Remo também pediu a impugnação da segunda partida, marcada para o próximo domingo, 14, mas a FPF afirmou, também por meio de nota, que irá ignorar esse pedido justificando sua atitude em um trecho da decisão proferida pelo TJD, em favor do Remo.


De fato, no ofício 003/2024, encaminhado à FPF, o vice-presidente do TJD, Hamilton Gualberto, afirma “não conceder o efeito suspensivo pretendido, estando assim a FPF em condições de realizar a partida do dia 14/04/2024 e efetivar as comemorações decorrentes do evento, como a entrega de troféus, medalhas, entre outros, a critério da Federação”. 


O documento, no entanto, reafirma que a FPF não pode homologar o resultado do primeiro RExPA, disputado no dia 7/4, o que deixa o segundo jogo da decisão, vença quem vencer, sem efeitos de definir campeão estadual, uma vez que, de acordo com o próprio regulamento do Parazão, aprovado por todos os clubes participantes, que o campeão será conhecido em duas partidas válidas.


Pedido negado


O Remo insiste que o teor das gravações do VAR são comprometedoras, motivo pelo qual a FPF teria negado o acesso ao conteúdo. "Entende o Clube do Remo que deveria a Federação Paraense de Futebol trabalhar em prol de um esclarecimento e de um consenso sobre as graves irregularidades constatadas nas gravações, bem como requerer o julgamento do feito para que a verdade venha a tona e não se posicionar da forma que tem feito”, afirma o clube.


Justiça comum


A diretoria azulina afirma, ainda, que caso a FPF insista na validação dos jogos e anuncie o campeão paraense sem ter atendido ao pedido inicial do Remo, de ter acesso às gravações, irá recorrer em todas as esferas judiciais e administrativas, demonstrando toda a insatisfação da diretoria azulina e o repúdio à conduta adotada pela FPF.


Nunca é demais lembrar, no entanto, que o atual presidente da Federação Paraense de Futebol é, também, ex-presidente do Paysandu. Fato que, por si só, já seria motivo de sobra para atender ao pedido azulino e fazer uso de uma imparcialidade que deveria pautar diariamente o futebol paraense.


Foto: Beatriz Reis/Ascom Remo

Mais matérias Esportes