o início de julho, foi lançado o primeiro relatório do Índice de Progresso Social (IPS), relativo apenas ao Brasil. A pesquisa e tabulação dos dados foram feitas pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em parceria com a Fundación Avina, Amazônia 2030, Anattá Pesquisa e Desenvolvimento e o Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative.
No português claro: enquanto a
pesquisa aponta que o País está com o IPS em 61.83, oito municípios paraenses
repousam placidamente entre os piores apurados, com pontuações, em média, de
41.00 de IPS, em uma escala que chega a 100.
Entre os 20 piores
O IPS Brasil 2024 apresenta dados
dos 5.570 municípios dos 26 Estados e Distrito Federal. De uma forma geral, o
Pará é o que tem menor índice médio, como 53,20, e o que apresenta oito entre
os 20 municípios com o pior índice. O restante da lista são unidades de
Roraima, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão e Acre, todos Estados da
Amazônia Legal.
Ruins de notas
Entre os 20 municípios com menores
pontuações, os oito no Pará são Trairão (com IPS de 38.69), em terceiro na
lista; Bannach (38.89), o quarto; Jacareacanga (38.92), em quinto; Cumaru do
Norte (40.64), em sexto; Pacajá (40.70), em sétimo; Uruará (41.26), em oitavo;
Portel (42.23), em nono; e Anapu (42.30), em 11º, todos eles bem abaixo
do IPS 56,91 de Canaã dos Carajás, o de melhor índice entre os municípios
paraenses, excetuando a capital, Belém.
Pelas notas obtidas por esses
municípios, se observa que eles têm problemas sérios com Segurança Pessoal, com
os menores índices apurados, e com Acesso à Educação Superior. Por outro lado,
mesmo com os problemas pelos quais passam, o segmento de Moradia, Saúde e
Inclusão Social nesses locais teve notas razoáveis e mais altas.
Veja os piores
A população estimada nos oito
piores municípios do Pará avaliados pelo levantamento supera a casa dos 230 mil
habitantes, segundo os dados disponibilizados pelo IBGE. Nesses municípios, o
Índice de Desenvolvimento Humano vai de baixo a muito baixo, conforme
informações do PNUD.
Trairão - Município
da região sudoeste do Pará, foi fundado em 1993, sendo desmembrado, assim como
Jacareacanga, de Itaituba. Ocupa a posição 5568º entre os 5570 municípios
brasileiros. Pela apuração do IPS Brasil, Trairão só teve notas de
Relativamente Neutro e Relativamente Fraco. Teve maior pontuação em Nutrição e
Cuidados Médicos Básicos, com 69,56; e pior em Acesso à Educação Superior, com
21,97.
IDH (PNUD/2010): 0,562
- baixo
População total
(IBGE/2020): 19 168 hab
Bannach - Fundado
em 1997, pertence à região do sudeste paraense e à microrregião de São Félix do
Xingu. Ocupa a posição 5567º de 5570. Na apuração, na qual a maioria das notas
são Relativamente Neutro e Relativamente Fraco, surge com um ponto considerado
Relativamente Forte, que traz a maior nota em Saúde e bem-estar, com 66,82. Já
a pior é em Segurança Pessoal, com 11,61.
IDH (PNUD/2010: 0,594 - baixo
População total
(IBGE/2020): 4 031 hab
Jacareacanga - Extremo
sudoeste do Estado, criado, inicialmente, como Distrito de Itaituba, pela Lei
estadual nº 2460, em 1961. Emancipou-se em 1991, pela Lei estadual nº 5691.
Ocupa a posição 5566º em 5570. A única nota de Relativamente Forte de
Jacareacanga é em Saúde e bem-estar, com 70,78; e a mais baixa é em Acesso à
Educação Superior, com 14,33.
IDH
(PNUD/2010): 0,505 - baixo
População
total (IBGE em 2022) é de 24 042 hab
Cumaru do Norte - Região
sul do Pará, foi desmembrado de Ourilândia do Norte, em 1991, muito por conta
da atividade garimpeira. Ocupa a posição no IPS de 5565º em 5570. A localidade
só tem notas Relativamente Neutro e Relativamente Fraco. A melhor pontuação
está em Inclusão Social, com 73,44; e a pior, em Qualidade do Meio Ambiente,
com 15,99.
IDH (PNUD/2010): 0,55 - baixo
População
total (IBGE em 2022): 13. 761 hab
Pacajá - Criado
em 1988, fica localizado no sudoeste do Pará, entre Tucuruí, Baião, Novo
Repartimento, Portel e Anapu. Ocupa a posição no IPS 5564º em 5570. Só tem
notas Relativamente Neutro e Relativamente Fraco, sendo a maior em Moradia, com
63,91, e a pior em Acesso à Educação Superior, com 16,99.
IDH
(PNUD/2010): 0,515 - baixo
População
total (IBGE em 2022): 46 383
hab
Uruará - Era
um pequeno povoado que surgiu nos anos 1970, depois, foi elevado ao status
Distrito de Prainha em 1984 e em 1989 obteve a autonomia municipal. Fica na
região sudoeste do Pará, microrregião de Altamira. Na listagem, ocupa a posição
5563º de 5570. Também só obteve notas Relativamente Neutro e Relativamente
Fraco, sendo a maior em Moradia, com 62,74; e a menor em Segurança Pessoal, com
23,74.
IDH
(PNUD/2010): 0,589 - baixo
População
total (IBGE em 2022): 45 395
hab.
Portel - Arquipélago do Marajó, microrregião de Portel.
Segundo alguns historiadores, as origens do futuro município remontam à metade
do Século XVII, quando o Padre Antônio Vieira fundou no local a Aldeia de
Arucará. Na listagem, ocupa a posição 5562º de 5570. Portel obteve um índice
Relativamente Forte em Direitos Individuais, com 42,94 pontos, os outros seguem
os parceiros paraenses em Relativamente Neutro e Relativamente Fraco. A menor
nota de Portel é em Liberdades Individuais e de Escolhas, com 13,82.
IDH (PNUD/2010): 0,483 - muito
baixo
População total (IBGE em 2022): 62.945
hab
Anapu - Criado em 28 de dezembro de 1995 e
desmembrado de Pacajá e Senador José Porfírio. Fica na área da Rodovia
Transamazônica e ficou conhecido em todo o mundo por ter sido o local de
assassinato da freira Dorothy Stang, em 2005. Na listagem dos municípios, ocupa
a posição 5560º de 5570. O município tem um índice Relativamente Forte em
Inclusão Social, com 78,19. Os outros seguem iguais aos seus pares no Pará. A
pior nota desse município é, sem qualquer surpresa, em Segurança Pessoal, com
8,15, sendo essa a menor nota obtida entre os oito municípios paraenses, entre
os piores colocados no Brasil inteiro.
IDH (PNUD/2010): 0,548
- baixo
População (IBGE em 2020): 28.607
hab
Papo Reto
· Coordenador da campanha do candidato do
MDB à Prefeitura de Belém, Igor Normando, o ex-deputado Cássio Andrade, que
pretendia ser escolhido, é a fonte da informação segundo a qual a ex-secretária
Úrsula Vidal (foto) é a dona da vaga de vice.
· Em entrevista a “O Liberal”, ontem,
Úrsula se manifestou cautelosa: topa o desafio, mas a última palavra é do
governador, disse.
· A se confirmar a informação, Helder terá
entendido o conselho de uma raposa felpuda da política paraense e desistido do
nome de Carla Bengtson, que teria sido cogitado para a vaga como forma de
agregar os fiéis evangélicos em torno do candidato do MDB.
· Segundo a raposa, a quem até antigos
adversários chamam de "enciclopédia política", o segmento evangélico
não existe; representa apenas eleitores, não necessariamente fiéis. Bons entendedores entenderão.
· A Semob informa que o retorno da operação
da linha fluvial Belém-Mosqueiro, operada pelo navio “Solimões”, está em fase
final de negociação, em princípio, nos próximos finais de semana de julho, como
reforço à alta demanda do período.
· O órgão esclarece que a suspensão da
operação da linha foi determinada pelo Dnit, para possibilitar a execução de
serviços de manutenção corretiva no flutuante do Terminal Hidroviário de
Mosqueiro.
· O governo do Pará não faz progressões de
peritos oficiais há mais de seis anos por falta de interesse político do chefe
do Executivo.
· A Lei nº 6.829, de 7.2.2006, que regula a
carreira dos Peritos Oficiais do Pará, segue solenemente ignorada.
· Ao que se sabe, a última promoção ocorreu
no governo anterior, que ajustou a quantidade de vagas no quadro permanente do
Grupo Ocupacional Perícia Técnico-Científica e promoveu todos os peritos
criminais e médicos legistas.