oradores da avenida Gentil Bittencourt, bairro de São Brás, em Belém, celebram apenas em parte a etapa final das obras de saneamento da área onde, a partir da avenida José Bonifácio - da ruada Olaria à travessa Teófilo Conduru - se encontra o canal conhecido como “Baixada da Gentil”. A obra é financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, dentro do pacote da COP30.
Segundo o governo do Estado em reportagem de janeiro deste ano, o Canal da Gentil é um dos 12 canais secundários que integram a Bacia do Tucunduba e recebe investimentos de requalificação e adequação. “A obra faz parte de um conjunto da política de saneamento nos canais de Belém e integra o pacote de obras estruturantes da COP30”.
Água e esgoto
O trecho entre a rua da Olaria ea travessa Teófilo Conduru tem 550 metros de canal e recebe serviços de retificação; redes de abastecimento de água e de esgotamento sanitário; asfaltamento das vias marginais; construção de uma ponte e de uma passarela; urbanização viária; aterramento de quintais e ciclofaixa.
Ao todo, serão concluídos mais de 1,4mil metros da via que compreendem o Canal da Gentil, que começa na avenida Tucunduba, na Terra Firme, até a rua Deodoro de Mendonça, em São Brás, e envolvem saneamento com abastecimento de água, esgoto e drenagem; cinco pontes; oito passarelas, uma praça com quadra poliesportiva; dois playgrounds, quatro academias ao ar livre e uma pista de corrida.
Pacote da COP30
Semana passada, quando celebrou os 200 dias que faltam até a Conferência do Clima da ONU, em Belém, o governo do Estado divulgou que as obras do Canal da Gentil estão com 78% e vão beneficiar cerca de 300 mil pessoas. Desde 2019, a atual gestão vem destinando muitos investimentos, na casa dos bilhões, para a requalificação de 17 canais em Belém.
Queixas sem resposta
Os moradores dizem que o trecho é extremamente movimentado e sempre funcionou como via de escoamento quando a área de São Brás e Terminal Rodoviário fica engarrafada. As pessoas descem a Baixada da Gentil até a Teófilo Conduru para prosseguir viagem, mas, com a obra, essa manobra foi inviabilizada.
“Agora ficamos sem essa saída”, explica um morador. “O que queremos é que essa rua seja alargada de novo, para que tenhamos fluidez no trânsito”, cobra outro morador, reclamando que nenhum deles foi ouvido sobre a redução da largura da rua, apesar das tentativas.