Religiosidade

Estátua de Iemanjá erguida em Belém é referência para religiões afrodescendentes no país

Inauguração do monumento, que alcança 12 metros de altura e está localizado na rodovia Augusto Montenegro, fez parte das comemorações pelos 115 anos da Umbanda no Brasil.

16/11/2023 09:54
Estátua de Iemanjá erguida em Belém é referência para religiões afrodescendentes no país

Belem (PA) - O Estado do Pará ganhou ontem um imponente monumento como parte das comemorações pelos 115 anos da Umbanda no Brasil. A estátua de Iemenjá erguida na avenida Augusto Montenegro, próximo ao Estádio Olímpico do Pará, em Belém, alcança 12 metros de altura com a estrutura do pedestal e já é considerada uma das mais importantes referências imagéticas para cultos e demais programações afro-umbandistas do Pará e do Brasil.


A imagem foi esculpida e modelada pelos escultores e produtores culturais Moisés Andrade e Alexandre Costa, do Instituto Filhos da Terra. As tratativas para inauguração da estátua duraram cinco anos.


O monumento fica na área do Espaço Afro-religioso Mãe Dinair - Terreiro São Sebastião e Toya Jarina. Na tradição da religião umbandista e das matrizes afrodescendentes, Iemanjá é considerada a rainha do mar, das águas e mãe de todos os orixás.


Para o presidente da Associação Ubamdista Mãe Dinair, Pai Elivaldo de Oxalá, a inauguração tem uma grande representatividade. "É um marco para a Umbanda, que inauguramos no Dia Nacional da Umbanda. Quando a Umbanda comemora 115 anos, nós estamos inaugurando um dos maiores símbolos, que é mãe de todos os orixás, que é Iemanjá", explica Pai Elivaldo.


O evento é uma iniciativa vinculada à Federação Nacional dos Cultos Afro-Umbandistas do Brasil (Fenacab), presidida pelo coronel PM Itacy Domingues, e relacionada ao Festival de Iemanjá, realizado há quase 50 anos, em Outeiro.


Pai Olivaldo conta ainda que, inicialmente, a imagem tinha a proposta de ser inaugurada na Praia Grande, no Distrito de Outeiro, mas foi impossibilitada por regras ambientais relacionadas a licenças, por veto da Câmara de Vereadores de Belém e por protestos de comunidades do distrito.


A expetativa, agora, é de que espaço receba visitas de sacerdotes, umbandistas e candoblecistas e diversas nações de diferentes estados. “Este é um momento especial não somente para a Umbanda, mas para todas as religiões afro-descendentes", explica Pai Elivaldo.


Para além dos eventos, a entidade Mãe Dinair desenvolve ações sociais. A próxima delas ocorrerá no próximo dia 18, na comunidade Santo Antônio do Prata, em Igarapé-Açu, nordeste do Pará, que contará com a distribuição de 600 cestas básicas para famílias assistidas pela entidade.


(Foto: Reprodução redes sociais)

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