Desmonte político da família Vale deve contemplar prefeito de Barcarena com o comando do PP no Pará

Articulações do MDB incluem uma espécie de polarização das forças políticas no Estado, sob controle, estratégia que já engoliu o PT e parte do Psol, mas há uma ponta solta.

21/08/2023 12:30
Desmonte político da família Vale deve contemplar prefeito de Barcarena com o comando do PP no Pará
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que se diz na região nordeste do Pará é que o trabalho de desmonte político da família Vale segue em curso, desde que o vice-governador eleito com Helder Barbalho, Lúcio Vale, foi acomodado no cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, o TCM.

Renato Ogawa deve ser ungido novo comandante do partido, deixando a família Vale de fora; só falta combinar com Celso Sabino, ministro do Turismo, que corre por fora/Fotos: Divulgação.
Com Lúcio Vale fora da cena política, os Vale começaram a perder espaço, restando ao então deputado federal Cristiano Vale se eleger, a duras penas, prefeito de Viseu, ameaçado por uma debutante política. E, como diz a lenda, além da queda, o coice: a família estaria perdendo o comando do Partido Progressista no Pará. O ungido pelo governador Helder Barbalho é o prefeito de Barcarena Renato Ogawa.

Tudo dominado

No planejamento do MDB, o projeto é tornar o PP o segundo partido no Estado, ao mesmo tempo em que desenha uma espécie de polarização das forças políticas, sob controle. A esquerda, representada pelo PT e o Psol, está domada, com o senador Beto Faro e o prefeito Edmilson Rodrigues aparecendo como vassalos.

Falta combinar

O desenho e a estratégia do MDB só ainda não alcançaram a única figura que pode causar preocupações ao partido e ao governo fora da República de Ananindeua: o ministro do Turismo, Celso Sabino. Desde que engatou no governo Lula, Celso tem mostrado a cara, visitando Estados e recebendo lideranças políticas do Pará que sequer o apoiaram na eleição à Câmara Federal. Agora em setembro, o ministro deve entregar ao governo o plano estratégico de turismo encomendado por Lula, de olho na COP 30 e no próprio mercado nacional.

Armas e bagagens

Celso Sabino tem tudo a seu favor, incluindo experiência, qualificação e funções acumuladas ao longo dos mandatos, sem falar que é um político habilidoso e articulado, ferramentas necessárias a qualquer tempo, mas, principalmente, em 2026.

Papo Reto

 

Acredite, o STF formou maioria para permitir o inimaginável: juízes poderão julgar clientes de escritórios de advocacia de seus familiares.

 

Os ministros que têm cônjuges e filhos atuando na advocacia, sendo assim diretamente beneficiados com a medida, são Zanin (foto), Gilmar, Toffoli, Moraes, Fux, Barroso e Fachin.

 

Deputados e senadores defendem o uso da arrecadação de apostas em eventos esportivos na saúde, defesa e "produção de mel". 

 

Incrédulos com os rumos da economia nacional, industriais brasileiros buscam oportunidades de negócios em países dos Brics, principalmente a Índia.

 

Não faz muito tempo que a coluna alertou que as "promoções" da 123 milhas, com preços absolutamente incompatíveis em relação às tarifas oferecidas por Gol, Latam e Azul poderiam se transformar em tiro no pé.

 

Não deu outra: na sexta-feira, a agência anunciou a suspensão das emissões de passagens e pacotes da linha promocional da empresa com previsão de embarque de setembro a dezembro.

 

O Ministério do Turismo classifica como ‘grave’ os cancelamentos da 123 milhas, que na sexta suspendeu os pacotes da linha ‘Promo’ programados entre setembro e dezembro de 2023.

 

As empresas prometem que os valores gastos pelos clientes prejudicados pelos cancelamentos “serão integralmente devolvidos em vouchers, com correção monetária de 150% do CDI”, podendo ser usados para compra de outros produtos da 123 milhas.

 

De longe a estatal que mais transfere receitas para a União, Estados e alguns municípios, a Petrobras, só no primeiro semestre - mesmo com a queda de 20,5% em relação ao mesmo período do ano passado - distribuiu a eles R$ 118 bilhões a título de tributos e participações.

 

A União abocanhou R$ 47 bilhões em impostos e R$ 30 bilhões em participações - já que é a maior acionista da empresa. Estados ficaram com R$ 40 bilhões e municípios levaram R$ 700 milhões.

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