Curuçá, Marapanim, Marudá e vilarejos padecem com falta de transporte público intermunicipal

Arcon não tem olhos para o desserviço que deixa usuários sentados à beira do caminho e sem destino há muito tempo.

02/10/2023 08:55
Curuçá, Marapanim, Marudá e vilarejos padecem com falta de transporte público intermunicipal
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cada vez mais difícil se deslocar de Belém a Marudá sem carro particular. E, de Castanhal até lá, pior ainda mais. Os efeitos colaterais atingem dezenas de cidades, comunidades, vilas e distritos que são tão desassistidos quanto por uma linha convencional de transporte público. Marapanim e Curuçá são cidades polos no extremo do território paraense banhado pelo Oceano Atlântico.


Dezenas de comunidades se ressentem da falta de transporte público regular, principalmente a partir do Terminal Rodoviário de Castanhal/Fotos: Divulgação.

 Em dias e finais de semana comuns, essas cidades e suas extensões são atendidas por vans que definem os próprios horários e itinerários. Algumas até são registradas na Arcon, a Agência do governo do Estado que regulamenta esse tipo de transporte, mas não dão ao órgão qualquer satisfação sobre como, quando e para onde procedem. Quem não tem o número do celular do motorista da van se perde e perde a viagem.

 

“Pegadinha” geral

 

Há muito Marudá não conta com uma linha convencional. No Terminal Rodoviário de Belém, nenhuma empresa oferece linhas convencionais para o município, muito menos para Marapanim e Curuçá. Somente as vans com destino a Castanhal anunciam as duas cidades do Salgado como destino, mas a pegadinha é revelada apenas quando a van chega em Castanhal. Lá, o passageiro tem que descer no ponto de vans que atende Curuçá, Marapanim e Marudá e aguardar até que um veículo tenha a lotação completa para poder sair em viagem.

 

Por muitos anos, essas localidades foram atendidas pela empresa Rápido Excelsior, que faliu e abandonou todas as rotas que fazia. Anos depois, a Viação Princesa Morena chegou a realizar viagens para Curuçá e Marapanim, mas abandonou a rota sem maiores explicações.

 

À beira do caminho

 

Nas comunidades que antecedem Marapanim e Curuçá, o sofrimento é grande há anos. Quem precisa sair em direção a Belém e Castanhal mofa na beira da estrada à espera de um transporte que, não raro, chega ao local já com a lotação completa e sequer para no sinal feito pelo passageiro. Com a palavra, a Arcon.

 

CRA esclarece bloqueio
de contas de associados
tidos como inadimplentes

 

“Inicialmente, cumpre destacar que o Conselho Regional de Administração do Pará é uma autarquia federal, criada pela Lei nº 4.769/65, regulamentada pelo Decreto nº 61.934/67, sendo, portanto, a entidade profissional competente para fiscalizar, orientar e disciplinar o exercício de pessoas físicas e jurídicas que atuam na área de Administração.  

 

Portanto, além de ser legítimo, é uma obrigação do conselho profissional exigir o pagamento de anuidades aos profissionais registrados, sob pena de responsabilização pessoal ao gestor. 

 

Caso, no entanto, o profissional comprove não exercer atividade privativa de profissional de administração, este poderá solicitar, a qualquer tempo, o cancelamento de seu registro. Todavia, é importante ressaltar que caso esteja exercendo tais atividades, o registro, por força de lei, é obrigatório e não facultativo.

 

No que se refere à alegação de que o CRA vem bloqueando contas bancárias como punição por inadimplência, sem dar o direito de defesa aos profissionais, não poderia estar mais equivocada. Isto porque, ao não ter êxito nos meios de cobranças extrajudiciais, as anuidades são cobradas judicialmente, por meio de Ação de Execução Fiscal. Logo, as ordens de bloqueio de contas bancárias não são executadas por este conselho profissional, mas pela Justiça Federal, resguardado, portanto, o direito ao contraditório, ampla defesa e ao devido processo legal, sem deixar de citar que tais ações são de anos anteriores e não da atual gestão.

 

Ainda para conhecimento, antes mesmo de chegar à esfera judicial, tentativas extrajudiciais de negociações são realizadas e, mesmo em ações judicializadas, negociações e renegociações com descontos de encargos e planos de parcelamentos em até 36 meses são disponibilizados aos profissionais.

 

A atual gestão tem realizado um trabalho focado na transparência e na defesa da profissão da área da administração e estão, todos, empenhados em ajudar, dentro da legalidade, qualquer profissional que procure o Conselho, o que acontece, diariamente, pois toda equipe é orientada para utilizar da empatia para com o profissional, diante de sua situação e das circunstâncias do momento.

 

Por fim, esclarecemos que é do Ministério da Educação, e não dos Conselhos Profissionais, a competência de autorizar a oferta de cursos de graduação, quer presencial, quer online. Assim, infelizmente, concluímos que a matéria veiculada, por informações equivocadas, demonstra desconhecimento da legislação vigente e da profissão”.

 

Papo Reto

 

Do Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira (foto), sobre o polêmico tema envolvendo aborto: “Diante de ideias correntes, inclusive, infelizmente, com fontes eclesiásticas, eclesiais ou religiosas, urge afirmar e, se possível, ajudar pessoas a uma revisão dos próprios conceitos:

 

Nossa fé cristã nos conduz a rejeitar qualquer argumento a favor do aborto. Nenhuma circunstância o justifica, mesmo quando possam existir ou virem a existir leis que o permitam.

 

Estas serão sempre, sempre, consideradas iníquas. Não nos é possível, se queremos ser coerentes com a fé cristã, apoiar grupos ou pessoas que concordem ou estimulem tais práticas. Esta bandeira não é nossa”.

 

Não faltaram desorganização, muito menos inúmeras suspeitas de compra de votos, ontem, na eleição dos novos conselheiros tutelares pelo Estado. 

 

Aliás, o Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Cláudio Augusto Vieira da Silva, anunciou que um balanço nacional aponta mais de 10% de crescimento no número de votantes na eleição unificada para Conselheiro Tutelar.

 

Quando não é o mercado internacional é o próprio governo: até o fim deste ano, a alíquota de PIS-Cofins cobrada por litro de diesel passará de R$ 0,11 para R$ 0,13.

 

Pressionado pela explosão de mortes na Bahia, além de montanha de críticas até de aliados, o governo vai lançar o Programa Nacional de Enfrentamento a Organizações Criminosas, com promessa de aplicar R$ 900 milhões com ações contra a criminalidade.

 

Ninguém pergunta o nome ou a profissão de quem chega; cada um pode adotar um apelido e o comparecimento é voluntário, mas o vínculo que se forma entre os membros é muito forte: Alcoólicos Anônimos completa 76 anos no Brasil.

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