cada vez mais difícil se deslocar de Belém a Marudá sem carro particular. E, de Castanhal até lá, pior ainda mais. Os efeitos colaterais atingem dezenas de cidades, comunidades, vilas e distritos que são tão desassistidos quanto por uma linha convencional de transporte público. Marapanim e Curuçá são cidades polos no extremo do território paraense banhado pelo Oceano Atlântico.
Em dias e finais de semana comuns, essas cidades e suas extensões são atendidas por vans que definem os próprios horários e itinerários. Algumas até são registradas na Arcon, a Agência do governo do Estado que regulamenta esse tipo de transporte, mas não dão ao órgão qualquer satisfação sobre como, quando e para onde procedem. Quem não tem o número do celular do motorista da van se perde e perde a viagem.
“Pegadinha” geral
Há muito Marudá não conta com uma linha
convencional. No Terminal Rodoviário de Belém, nenhuma empresa oferece linhas
convencionais para o município, muito menos para Marapanim e Curuçá. Somente as
vans com destino a Castanhal anunciam as duas cidades do Salgado como destino,
mas a pegadinha é revelada apenas quando a van chega em Castanhal. Lá, o
passageiro tem que descer no ponto de vans que atende Curuçá, Marapanim e
Marudá e aguardar até que um veículo tenha a lotação completa para poder sair
em viagem.
Por muitos anos, essas localidades
foram atendidas pela empresa Rápido Excelsior, que faliu e abandonou todas as
rotas que fazia. Anos depois, a Viação Princesa Morena chegou a realizar
viagens para Curuçá e Marapanim, mas abandonou a rota sem maiores explicações.
À beira do caminho
Nas comunidades que antecedem Marapanim
e Curuçá, o sofrimento é grande há anos. Quem precisa sair em direção a Belém e
Castanhal mofa na beira da estrada à espera de um transporte que, não raro,
chega ao local já com a lotação completa e sequer para no sinal feito pelo
passageiro. Com a palavra, a Arcon.
CRA esclarece bloqueio
de contas de associados
tidos como inadimplentes
“Inicialmente, cumpre destacar que o
Conselho Regional de Administração do Pará é uma autarquia federal, criada pela
Lei nº 4.769/65, regulamentada pelo Decreto nº 61.934/67, sendo, portanto, a
entidade profissional competente para fiscalizar, orientar e disciplinar o
exercício de pessoas físicas e jurídicas que atuam na área de
Administração.
Portanto, além de ser legítimo, é uma
obrigação do conselho profissional exigir o pagamento de anuidades aos
profissionais registrados, sob pena de responsabilização pessoal ao
gestor.
Caso, no entanto, o profissional
comprove não exercer atividade privativa de profissional de administração, este
poderá solicitar, a qualquer tempo, o cancelamento de seu registro. Todavia, é
importante ressaltar que caso esteja exercendo tais atividades, o registro, por
força de lei, é obrigatório e não facultativo.
No que se refere à alegação de que o
CRA vem bloqueando contas bancárias como punição por inadimplência, sem dar o
direito de defesa aos profissionais, não poderia estar mais equivocada. Isto
porque, ao não ter êxito nos meios de cobranças extrajudiciais, as anuidades
são cobradas judicialmente, por meio de Ação de Execução Fiscal. Logo, as
ordens de bloqueio de contas bancárias não são executadas por este conselho
profissional, mas pela Justiça Federal, resguardado, portanto, o direito ao
contraditório, ampla defesa e ao devido processo legal, sem deixar de citar que
tais ações são de anos anteriores e não da atual gestão.
Ainda para conhecimento, antes mesmo
de chegar à esfera judicial, tentativas extrajudiciais de negociações são
realizadas e, mesmo em ações judicializadas, negociações e renegociações com
descontos de encargos e planos de parcelamentos em até 36 meses são
disponibilizados aos profissionais.
A atual gestão tem realizado um
trabalho focado na transparência e na defesa da profissão da área da administração
e estão, todos, empenhados em ajudar, dentro da legalidade, qualquer
profissional que procure o Conselho, o que acontece, diariamente, pois toda
equipe é orientada para utilizar da empatia para com o profissional, diante de
sua situação e das circunstâncias do momento.
Por fim, esclarecemos que é do
Ministério da Educação, e não dos Conselhos Profissionais, a competência de
autorizar a oferta de cursos de graduação, quer presencial, quer online. Assim,
infelizmente, concluímos que a matéria veiculada, por informações equivocadas,
demonstra desconhecimento da legislação vigente e da profissão”.
Papo Reto
Do Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira (foto),
sobre o polêmico tema envolvendo aborto: “Diante de ideias correntes,
inclusive, infelizmente, com fontes eclesiásticas, eclesiais ou religiosas,
urge afirmar e, se possível, ajudar pessoas a uma revisão dos próprios
conceitos:
Nossa fé cristã nos conduz a rejeitar qualquer argumento a favor do
aborto. Nenhuma circunstância o justifica, mesmo quando possam existir ou virem
a existir leis que o permitam.
Estas serão sempre, sempre, consideradas iníquas. Não nos é possível, se
queremos ser coerentes com a fé cristã, apoiar grupos ou pessoas que concordem
ou estimulem tais práticas. Esta bandeira não é nossa”.
Não faltaram desorganização, muito menos inúmeras suspeitas de compra de
votos, ontem, na eleição dos novos conselheiros tutelares pelo Estado.
Aliás, o Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,
Cláudio Augusto Vieira da Silva, anunciou que um balanço nacional aponta mais
de 10% de crescimento no número de votantes na eleição unificada para
Conselheiro Tutelar.
Quando não é o mercado internacional é o próprio governo: até o fim
deste ano, a alíquota de PIS-Cofins cobrada por litro de diesel passará de R$
0,11 para R$ 0,13.
Pressionado pela explosão de mortes na Bahia, além de montanha de
críticas até de aliados, o governo vai lançar o Programa Nacional de
Enfrentamento a Organizações Criminosas, com promessa de aplicar R$ 900 milhões
com ações contra a criminalidade.
Ninguém pergunta o nome ou a profissão de quem chega; cada um pode
adotar um apelido e o comparecimento é voluntário, mas o vínculo que se forma
entre os membros é muito forte: Alcoólicos Anônimos completa 76 anos no Brasil.