orças e propósitos ocultos - não tão ocultos - se reúnem febrilmente nas horas ermas da noite no auditório do Prime, o paquiderme hospitalar da Unimed Belém, para tramar a transferência da assembleia geral ordinária convocada pelo presidente da cooperativa, Wilson Niwa, marcada para 8 de março próximo. A assembleia prevê eleger novo presidente, nove integrantes do Conselho de Administração (Conad), cinco titulares da Diretoria Executiva (Direx) e três membros do Conselho Fiscal (Confisc).

Uma causa perdida?

O propósito de fazer a eleição no dia 8 de março resvala para suposições sombrias: Niwa, acossado pela Unimed Brasil, pela Agência Nacional de Saúde e, mais grave, pelos R$ 280 milhões de buraco apurados em balanço da Federação das Unimed da Amazônia, a Fama, que ele ainda preside, promove reuniões e jantares chiques na tentativa de angariar  aliados para uma causa perdida:  convencer os cooperados da Unimed Belém ‘a coçar o bolso’ para pagar a fatura da incompetência gerencial dele próprio Niwa, um senhor feudal  que se julga acima da inteligência e esperteza humanas.

Quem paga a conta

Prova de que o senhor feudal oriental não é tão ‘fera’ assim: em 12 anos de ineficiente comando Niwa da Unimed Belém, a cooperativa foi submetida a uma gestão fiscal da ANS, dois rateios, dois aportes e um terceiro aporte que será comunicado na assembleia geral de 8 de março.

Chapa concorrente
manifesta repúdio à
decisão judicial e
promete não desistir

A Chapa “Unimed+”, alvo preferencial das manobras que envolvem a atual gestão da cooperativa, publicou nota em que manifesta “total repúdio à decisão judicial proclamada em sede de recurso de agravo de instrumento que, sem dúvidas, derivou de incontestável manobra política realizada pela gestão da Unimed”, pois, além de demonstrar interesse na eleição da chapa da situação - Unimed PRO -, malferiu os princípios democráticos, da transparência e do respeito à universalidade cooperativista. Veja a íntegra da nota:

“A decisão judicial, além de representar um grave desrespeito aos valores jurídicos da legalidade, da igualdade e da ampla concorrência, configura uma afronta direta à participação dos cooperados, ignorando sua voz e enfraquecendo os valores da governança participativa. 

A Chapa “Unimed+” entende que qualquer tentativa de restringir a atuação legítima dos cooperados em processos eleitorais é inaceitável e compromete a essência do cooperativismo, que deve ser pautado na equidade, na participação e na transparência.

Reafirmamos nosso compromisso com a ética, a justiça e a verdadeira representação democrática. Não aceitaremos que interesses escusos prevaleçam sobre os direitos daqueles que constroem e sustentam o sistema cooperativista.

Exigimos responsabilidade e seriedade por parte dos agentes envolvidos, pois a política deve ser um instrumento de transformação e não uma arena de manipulações e conchavos; exemplo da dita manipulação se infere dos pronunciamentos objetivos do Presidente do Conad, Dr. Wilson Niwa, em relação aos comunicados anteriores referentes às decisões judiciais que beneficiaram todos os cooperados da Unimed Belém, quando, em sentido contrário, de forma subjetiva, cujo interesse pessoal se destaca, o mencionado presidente, numa mensagem clara para bons entendedores, datada de 17 de fevereiro de 2025, festeja a sua decisão precária e pessoal que, de forma ilegal, suspende a liminar anteriormente concedida (onde repousava a justiça).

Informamos que nosso jurídico foi acionado para que as providências sejam tomadas e que possam, no menor prazo possível, restabelecer o direito e a justiça; como bem disse o presidente do Conad, Dr. Wilson Niwa, a liminar, de fato, é uma decisão temporária. Esqueceu-se, entretanto, de mencionar que a decisão que conseguiu na data de ontem, 17, é tão temporária como a liminar que cassou, havendo, contudo, uma grande diferença entre elas: a liminar cassada é legal e se concilia com os valores jurídicos estabelecidos. Por sua vez, a decisão de ontem, 17, ofende o universalismo cooperativista e a governança participativa.

Seguiremos fortes e firmes em nossa campanha, até porque temos plena consciência de que a justiça não acolhe ilegalidades e manipulações”. 

Papo Reto

·Tudo junto e misturado:  mais um integrante da gestão do ex-prefeito Edmilson Rodrigues entra no time do prefeito Igor Normando, do MDB.

·O ex-presidente da Codem e ex-secretário de Urbanismo Lélio Costa (foto) foi nomeado para ocupar um cargo comissionado na Secretaria de Ciência e Tecnologia.

·Depois de visitar Fortaleza, no Ceará, semana passada, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré chegará ao Rio de Janeiro entre os dias 26 e 28 deste mês.

·A Imagem desembarca no Aeroporto do Galeão para cumprir intensa programação, que passa pelas igrejas de Nossa Senhora da Ajuda, Colégio Santo Antônio Maria Zaccaria, Nossa Senhora de Lampadusa, Nossa Senhora do Rosário, São Benedito dos Homens Pretos, e igreja de Santo Antônio Maria Zaccaria,

·A programação será concluída no Cristo Redentor e na abertura da exposição “Caminhos de Belém - O Amor Flui Como Água”, do fotógrafo Alexandre Baena, no Museu Arquidiocesano de Arte Sacra do Rio de Janeiro. 

·Para o arrepio de muitos, o Ministério Público Federal instituiu o Gaeco Nacional contra o crime organizado nacional e interestadual.

·O Ministério da Saúde passou a recomendar cálcio para todas as gestantes, a fim de prevenir a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia, causados pela hipertensão, a maior causa de nascimentos prematuros e de morte materna e fetal.

·Afivele o cinto porque o mercado financeiro eleva previsão da inflação pela 18ª semana seguida, agora em 5,6% para 2025.

·Aliás, o preço do etanol subiu em média 0,46% em 17 Estados - Pará inclusive - e no Distrito Federal, diz a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil.