O Brasil deve retomar a cooperação com Cuba em áreas como a farmacêutica
e agrícola, disseram ministros que participam da comitiva do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva que está na cúpula do G77 + China, que acontece em Havana.
Segundo as ministras da Saúde, Nísia Trindade e da Ciência, Tecnologia e
Inovação, Luciana Santos, os países devem fazer parcerias na linha de
biofármacos e no desenvolvimento de vacinas, além de medicamentos para doenças
crônicas como Alzheimer e diabetes, e novos remédios para gastrite com base no
uso da cana de açúcar.
Elas disseram, ainda, que a cooperação pode trazer vantagens aos dois países,
uma vez que hoje o Brasil tem um déficit de US$ 20 bilhões com a importação de
medicamentos. "Então, tudo o que vier agregar desenvolvimento, pesquisa,
conhecimento tecnológico é o que nos interessa. Por isso essa lógica do
ganha-ganha é tudo o que nós desejamos", disse Nísia Trindade, em nota
divulgada pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.
Ela disse também que há intenção ter cooperação em áreas mais abrangentes como
a bioeconomia, por exemplo, e que o memorando de entendimentos firmado em 2022
com o governo cubano será retomado.
Já o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, informou que os
países devem manter parcerias principalmente na agricultura familiar, e em
temas como genética de espécies agroalimentares, bioinsumos, alimentação
animal, agricultura de conservação, sistemas alimentares tradicionais,
fertilizantes, agroindústria, acesso à água. Ele destacou que deve assinar um
memorando de entendimentos com o Ministério da Agricultura de Cuba.
Também participaram da viagem técnicos da Embrapa, do Conab e do Incra, para
participar de encontros com cubanos para trocar conhecimento.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Reprodução/ Redes Sociais