Seul,
15 - A agência estatal de notícias da Coreia do Sul, Yonhap, informou no final
da noite desta terça-feira, 14, pelo horário de Brasília, que o presidente
deposto do país, Yoon Suk Yeol, foi detido após uma operação que durou horas e
reuniu centenas de investigadores e policiais no complexo residencial da
presidência em Seul. Esta foi a segunda tentativa de detê-lo por causa da
imposição da lei marcial no início de dezembro, que foi considerada uma
tentativa de golpe.
Em uma mensagem de vídeo gravada antes de ser escoltado até a sede de uma
agência anticorrupção, Yoon lamentou que a "lei e a ordem tenham
completamente colapsado neste país", mas disse que estava cumprindo o
mandado de detenção para evitar confrontos entre os agentes da lei e o serviço
de segurança presidencial.
Os advogados de Yoon tentaram persuadir os investigadores a não executar o
mandado de detenção, dizendo que o presidente apareceria voluntariamente para o
interrogatório, mas a agência recusou o pedido.
Os oficiais aparentemente não encontraram resistência significativa das forças
de segurança presidencial conforme se aproximavam da residência de Yoon.
À época da imposição da lei marcial, Yoon justificou o decreto como um ato
legítimo de governança contra uma oposição "antiestatal" e prometeu
"lutar até o fim" contra os esforços para destituí-lo do cargo.
Fonte: Associated Press/Estadão conteúdo
Foto: Reprodução/Reuters/CNN