Os militares de Israel se retiraram do
hospital Shifa - o maior de Gaza - na manhã desta segunda-feira, 1º, após uma
operação que durou duas semanas, na qual disseram ter matado cerca de 200
militantes e detido centenas de outros. Residentes palestinos relataram que as
tropas deixaram para trás vários mortos e uma vasta destruição.
A agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) informou que mais de
20 pacientes morreram e dezenas foram colocados em risco durante a operação,
que trouxe ainda mais destruição a um hospital que já havia praticamente parado
de funcionar.
Os militares israelenses descreveram o ataque ao Hospital Shifa como um dos
mais bem-sucedidos dos quase seis meses de guerra. Eles afirmaram que entre os
mortos estavam importantes agentes do Hamas e outros militantes que se
reagruparam no local após um ataque anterior em novembro, e que apreenderam
armas e informações valiosas.
Israel acusou o Hamas de usar hospitais para fins militares e invadiu várias
instalações médicas. As autoridades de saúde em Gaza negam essas acusações.
Críticos acusam o exército de colocar imprudentemente os civis em perigo e de
dizimar um setor da saúde já sobrecarregado pelos feridos de guerra. Os
palestinos dizem que as tropas israelenses evacuaram à força casas perto de
Shifa, no centro da cidade de Gaza, e forçaram centenas de residentes a marchar
para o sul.
Fonte: Estadão conteúdo/Associated Press.
Foto: Reprodução