Belém, PA - Durante operação realizada entre os dias 2 e 5 de junho, a Polícia Militar do Pará, por meio do 8º Batalhão da PM (8º BPM), desarticulou um estaleiro clandestino, na quinta-feira (5), em uma área de mata fechada, no igarapé da Glória, região da contra costa do município de Soure, no Arquipélago do Marajó.
A ação faz parte das estratégias de patrulhamento rural da corporação e resultou ainda na apreensão de uma carga milionária de cigarros contrabandeados do Suriname. No local, as guarnições encontraram três motores de grande propulsão, hélices, painéis e diversos equipamentos náuticos utilizados em embarcações de grande porte.
De acordo com a PM, a estrutura estava sendo utilizada como base para montagem de submarinos artesanais, frequentemente empregados por organizações criminosas no tráfico internacional. O valor estimado do material ultrapassa os R$ 4 milhões.
Em continuidade à operação, as equipes abordaram duas embarcações oriundas do município de Abaetetuba, que tentaram fugir ao avistar a lancha da PM. Após perseguição e abordagem, foram encontrados cerca de 35 mil maços de cigarros das marcas Mac, Gift Box e Nise Baisha, todos de origem estrangeira e sem documentação legal. A carga está avaliada em cerca de R$ 5 milhões.
Seis homens foram presos em flagrante e conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Soure, junto com os materiais apreendidos, que incluem ainda aparelhos celulares, joias e dinheiro em espécie.
Para o comandante do 8º BPM, major PM Andrei Rocha, a ação é um reflexo do trabalho contínuo de combate ao crime organizado na região. ”A contra costa do Marajó é uma área estratégica que vinha sendo usada como rota de crimes ambientais e tráfico internacional. Com essa operação, mostramos que a Polícia Militar está atenta, presente e preparada para proteger nossa população e o território paraense", afirmou o oficial.
A operação contou com o apoio de diversas guarnições da unidade, além de embarcações especializadas no patrulhamento fluvial. As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil, que deve apurar a origem e o destino final do material apreendido.
Foto: Divulgação/PMPA