A jornalista Ana Claudia Costa compartilha momentos marcantes de sua vida e carreira em uma entrevista ao Acervo Jornalista Gustavo de Lacerda. Ana é especialista na cobertura da área de segurança pública e tem uma história de vida que reflete a diversidade cultural do Brasil. Filha de uma sergipana descendente de indígenas nordestinos e espanhóis com um mineiro de Manhuaçu, também descendente de indígenas e italianos, Ana Claudia se considera uma brasileira legítima, fruto de uma rica mistura de raças.
A infância de Ana Claudia foi marcada por viagens a Propriá, em Sergipe, cidade onde cresceu a família de sua mãe, às margens do Rio São Francisco, um local que ela descreve como mágico. Seu pai cresceu em Porciúncula, no norte fluminense, e ela guarda lembranças carinhosas das férias passadas lá, ao lado de sua avó e bisavó indígenas.
Nascida em São João de Meriti, Ana Claudia cresceu na Pavuna, em uma casa de fundos no mesmo quintal dos avós maternos. A perda do pai, vítima de um câncer agressivo, aos 37 anos, quando ela tinha apenas 13, marcou profundamente sua vida. Com a morte dele, sua mãe, uma costureira dedicada, precisou trabalhar ainda mais para sustentar Ana Claudia e seus irmãos. Apesar das dificuldades financeiras, a vida na Pavuna era típica de subúrbio carioca, com festas juninas na rua e festinhas na casa de amigos. Ana Claudia relembra com carinho esses momentos, que moldaram sua visão de mundo e sua determinação.
Inspirada por suas raízes e pelas adversidades que enfrentou, ela se tornou uma jornalista respeitada, especialmente na área de segurança pública, onde seu trabalho busca dar voz àqueles que muitas vezes são esquecidos. Com uma trajetória de vida rica e desafiadora, Ana Claudia Costa exemplifica a resiliência e a força da mistura cultural brasileira, trazendo para seu trabalho a sensibilidade e a profundidade de quem viveu e superou muitas dificuldades.
A entrevista com a jornalista Ana Claudia Costa marca é o resultado da parceria entre a Diretoria de Igualdade Étnico-Racial da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), liderada pelo jornalista Luiz Paulo Lima, e o Departamento de Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO), representado pelos professores Mauro Silveira e Carlos Alves.
Assista a entrevista aqui.