Índices de competitividade apontam que Pará segue patinando em grandes obras estruturantes

Estado aparece no 21º lugar no ranking geral e em último lugar em infraestrutura, consolidando a noção de que é fadado ao atraso.

27/09/2024 08:00
Índices de competitividade apontam que Pará segue patinando em grandes obras estruturantes
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Pará, realmente, é uma maravilha, mas na propaganda. Quando se lança mão de índices, pesquisas e análises, o Estado segue patinando, se não é que vai de mal a pior. É o que se percebe, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros, divulgado no último dia 16, no qual o Estado aparece no 21º lugar no ranking geral e em último lugar, 27º, em infraestrutura e nas análises das camadas ESG.


Historicamente, Estado tem dificuldades em superar gargalos que atravancam o desenvolvimento/Fotos: Divulgação.
 

O ranking é uma ferramenta conhecida e de relevância, e visa apoiar os líderes públicos nas tomadas de decisão, com foco na melhoria da gestão. Por meio da metodologia Seall, o ranking se expandiu, com a incorporação de métricas de sustentabilidade ESG - sigla em inglês que quer dizer ambiental, social e governança. Os indicadores adotados e avaliados foram utilizados para mensurar conjuntos de avaliação em sustentabilidade nos critérios ESG e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela ONU.

 

Nas camadas ESG e ODS do ranking de competitividade, a análise foi a partir dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável e suas 169 metas da ONU em 2015, bem como os critérios de ESG para valorização das boas práticas ambientais, sociais e econômicas dos Estados

 

O tratamento dos dados possibilita a agregação de indicadores de natureza heterogênea, haja vista as diversas unidades de medida encontradas nos indicadores. Foi adotado o critério mínimo-máximo de normalização dos indicadores, no qual se utilizam os valores de cada indicador, linearmente, entre 0 e 100.

 

Condenado ao atraso

 

A posição do Estado em infraestrutura provocou um pronunciamento do senador paraense Zequinha Marinho, do Podemos, mas não é somente nesse segmento em que o Pará apresenta números ruins. “Apesar do nosso vasto potencial, a ineficiência do poder público para executar obras estruturantes condena o crescimento econômico e o desenvolvimento. Precisamos superar os gargalos e ajudar o nosso Pará a crescer”, disse o senador em postagem no Instagram.

 

 O ranking é liderado por São Paulo e tem em último posto, Roraima. No ranking geral, Região Norte, estão à frente do Pará o Amazonas, em 11º; Tocantins, em 15º; e Rondônia, em 16º lugar. Em termos de comparação, no geral, São Paulo é o primeiro em educação e infraestrutura; segundo em sustentabilidade ambiental e quarto, em segurança pública. O primeiro posto é do Amazonas, que está em terceiro lugar geral em inovação e quarto em solidez fiscal.

 

Em queda livre

 

O Pará está na 21ª posição no ranking geral e caiu um ponto em relação ao ano passado, sendo o quarto colocado na Região Norte. O Estado também está em último lugar, 27º, na análise da camada ESG do ranking dos Estados, justamente, onde a capital, Belém, vai receber a COP30.

 

Nos pilares analisados pelo ranking, a melhor colocação do Pará está em solidez fiscal, 6º lugar, mas, ainda assim, caiu três pontos em relação a 2023. A pior posição é em infraestrutura, em último lugar entre todos os 27 Estados, e ainda caiu dois pontos em relação ao ano passado, sendo que a nota normalizada apurada pelo Índice é zero.

 

Em potencial de mercado está o melhor crescimento do Pará, que subiu seis pontos, mas está na 9ª posição. Em segurança pública, subiu um ponto, e está na 12ª colocação. Também subiu uma posição em educação, mas amarga um 24º lugar na posição geral.

 

Nos outros índices analisados, o Pará teve queda: capital humano; em 17º; sustentabilidade ambiental, em 19º; inovação, em 20º; eficiência da máquina pública e sustentabilidade social, ambos em 24º.

 

Papo Reto

 

· Líderes do PT insistem que Lula delete de uma vez por todas a ministra decorativa Marina Silva (foto), depois de a mesma ter admitido que o governo tem sido “insuficiente” contra os incêndios no Brasil.

 

· A grande verdade é que o PT nunca suportou Marina pelo fato de ela ter descartado o partido para criar o Rede e ter torcido o nariz para a liderança de Lula. 

 

· Falando em meio ambiente: que as Ongs sempre faturam alto com o jogo do faz de conta no ministério do Meio Ambiente durante os governos petistas, todos sempre souberam.

 

· Agora, abocanhar mais que o dobro da soma do dinheiro destinado a órgãos do governo, como Ibama, Funai e Embrapa - R$157,5 milhões -, como consta no Portal da Transparência, isso extrapola todos os limites da irresponsabilidade com a coisa pública.

 

· Detalhe: ninguém do atual governo tem a coragem de mostrar o resultado prático da ação dessas Ongs.

 

· Mediante a precarização do ensino da medicina no País e o fato de membros graduados do governo Lula passarem a defender regime de cotas para acesso a residências médicas, o Conselho Federal de Medicina - que considera a medida "pavorosa e descabida" -, não vê outro caminho que não institucionalizar o exame de ordem para o exercício da profissão, nos moldes da OAB.

 

· Com tudo pra morrer na casca, o tal programa Voa Brasil, que levou mais de ano para sair do papel, revelou-se um bizarro fiasco na procura de passagens baratas, com pouco mais de 10 mil bilhetes emitidos.


· Estamos falando de pífios 0,34% dos 3 milhões de passagens disponibilizadas pelas voadoras no período.

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