Pará, realmente, é uma maravilha, mas na propaganda. Quando se lança mão de índices, pesquisas e análises, o Estado segue patinando, se não é que vai de mal a pior. É o que se percebe, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros, divulgado no último dia 16, no qual o Estado aparece no 21º lugar no ranking geral e em último lugar, 27º, em infraestrutura e nas análises das camadas ESG.
O ranking é uma ferramenta conhecida
e de relevância, e visa apoiar os líderes públicos nas tomadas de decisão, com
foco na melhoria da gestão. Por meio da metodologia Seall, o ranking se
expandiu, com a incorporação de métricas de sustentabilidade ESG - sigla em
inglês que quer dizer ambiental, social e governança. Os indicadores adotados e
avaliados foram utilizados para mensurar conjuntos de avaliação em
sustentabilidade nos critérios ESG e nos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), propostos pela ONU.
Nas camadas ESG e ODS do ranking de
competitividade, a análise foi a partir dos 17 objetivos do desenvolvimento
sustentável e suas 169 metas da ONU em 2015, bem como os critérios de ESG para
valorização das boas práticas ambientais, sociais e econômicas dos Estados
O tratamento dos dados possibilita a
agregação de indicadores de natureza heterogênea, haja vista as diversas
unidades de medida encontradas nos indicadores. Foi adotado o critério
mínimo-máximo de normalização dos indicadores, no qual se utilizam os valores
de cada indicador, linearmente, entre 0 e 100.
Condenado ao atraso
A posição do Estado em infraestrutura
provocou um pronunciamento do senador paraense Zequinha Marinho, do Podemos,
mas não é somente nesse segmento em que o Pará apresenta números ruins. “Apesar
do nosso vasto potencial, a ineficiência do poder público para executar obras
estruturantes condena o crescimento econômico e o desenvolvimento. Precisamos
superar os gargalos e ajudar o nosso Pará a crescer”, disse o senador em
postagem no Instagram.
O ranking é liderado por São
Paulo e tem em último posto, Roraima. No ranking geral, Região Norte, estão à
frente do Pará o Amazonas, em 11º; Tocantins, em 15º; e Rondônia, em 16º lugar.
Em termos de comparação, no geral, São Paulo é o primeiro em educação e
infraestrutura; segundo em sustentabilidade ambiental e quarto, em segurança
pública. O primeiro posto é do Amazonas, que está em terceiro lugar geral em
inovação e quarto em solidez fiscal.
Em queda livre
O Pará está na 21ª posição no ranking
geral e caiu um ponto em relação ao ano passado, sendo o quarto colocado na
Região Norte. O Estado também está em último lugar, 27º, na análise da camada
ESG do ranking dos Estados, justamente, onde a capital, Belém, vai receber a
COP30.
Nos pilares analisados pelo ranking,
a melhor colocação do Pará está em solidez fiscal, 6º lugar, mas, ainda assim,
caiu três pontos em relação a 2023. A pior posição é em infraestrutura, em
último lugar entre todos os 27 Estados, e ainda caiu dois pontos em relação ao
ano passado, sendo que a nota normalizada apurada pelo Índice é zero.
Em potencial de mercado está o melhor
crescimento do Pará, que subiu seis pontos, mas está na 9ª posição. Em
segurança pública, subiu um ponto, e está na 12ª colocação. Também subiu uma
posição em educação, mas amarga um 24º lugar na posição geral.
Nos outros índices analisados, o Pará
teve queda: capital humano; em 17º; sustentabilidade ambiental, em 19º;
inovação, em 20º; eficiência da máquina pública e sustentabilidade social,
ambos em 24º.
Papo Reto
· Líderes do PT insistem que
Lula delete de uma vez por todas a ministra decorativa Marina Silva (foto),
depois de a mesma ter admitido que o governo tem sido “insuficiente” contra os
incêndios no Brasil.
· A grande verdade é que o PT
nunca suportou Marina pelo fato de ela ter descartado o partido para criar o
Rede e ter torcido o nariz para a liderança de Lula.
· Falando em meio ambiente: que
as Ongs sempre faturam alto com o jogo do faz de conta no ministério do Meio
Ambiente durante os governos petistas, todos sempre souberam.
· Agora, abocanhar mais que o
dobro da soma do dinheiro destinado a órgãos do governo, como Ibama, Funai e
Embrapa - R$157,5 milhões -, como consta no Portal da Transparência, isso
extrapola todos os limites da irresponsabilidade com a coisa pública.
· Detalhe: ninguém do atual
governo tem a coragem de mostrar o resultado prático da ação dessas Ongs.
· Mediante a precarização do
ensino da medicina no País e o fato de membros graduados do governo Lula
passarem a defender regime de cotas para acesso a residências médicas, o
Conselho Federal de Medicina - que considera a medida "pavorosa e
descabida" -, não vê outro caminho que não institucionalizar o exame de
ordem para o exercício da profissão, nos moldes da OAB.
· Com tudo pra morrer na casca,
o tal programa Voa Brasil, que levou mais de ano para sair do papel, revelou-se
um bizarro fiasco na procura de passagens baratas, com pouco mais de 10 mil
bilhetes emitidos.
· Estamos falando de pífios
0,34% dos 3 milhões de passagens disponibilizadas pelas voadoras no período.