Exatamente um ano e dois meses após o ex-presidente da República Jair
Bolsonaro reunir diplomatas estrangeiros no Palácio do Planalto para apresentar
suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas, o governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva reuniu nesta segunda-feira, 18, embaixadores no Itamaraty
para "vender" as oportunidades de investimentos em projetos e obras
da nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O governo lançou o PAC em 11 de agosto, em evento no Rio de Janeiro, com uma
carteira de investimentos de R$ 1,7 trilhão, ou cerca de US$ 347 bilhões, em
sua maior parte privados. Na cerimônia, o presidente Lula prometeu que o
governo iria lançar o programa em todos os Estados do País.
Dessa vez, o mestre de cerimônias foi o presidente em exercício, Geraldo
Alckmin, já que Lula cumpre agenda nos Estados Unidos para participar da 78ª
Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A previsão
de retorno do chefe do Executivo é quinta-feira, 21.
A ministra substituta das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da
Rocha, convidou os investidores e governos parceiros a participarem do plano de
desenvolvimento do Brasil, que será feito a partir da promoção de equidade social
e eficiência produtiva. "A formação do capital humano e estímulo à
inovação integram-se na política de investimentos do País de forma a contribuir
para o aumento da produtividade, emprego e renda", disse.
Segundo ela, o Brasil não pode se desenvolver sozinho e, para isso, é preciso
de uma integração de infraestrutura e energia com os países vizinhos.
"Estamos dispostos e prontos a contribuir com o PAC em missões ao
exterior", afirmou.
O subchefe da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil,
Maurício Muniz, reiterou a importância de investimentos estrangeiros para a
realização do programa.
Na fala, ele citou que a previsibilidade é uma das principais características
para atrair investimentos e organizar o governo.
Dessa forma, as empresas estrangeiras poderão participar de consórcios, leilões
do PAC e compras governamentais.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Agência Brasil/ Marcelo Camargo