Relatório internacional desmonta discurso oficial e expõe uso seletivo de dados para sustentar narrativa social do governo
o Brasil recente, quem parece tirar o povo da pobreza não é a economia real, mas a planilha oficial. Um relatório internacional sobre desigualdade - baseado no cruzamento de dados fiscais, contas nacionais e pesquisas domiciliares - desmonta o discurso do governo Lula de que o País vive uma “queda histórica da desigualdade”.

Segundo o estudo, a renda dos mais ricos cresceu de forma consistente, enquanto a fatia apropriada pelos mais pobres segue comprimida. O resultado contraria frontalmente os dados divulgados pelo IBGE sob a gestão de Márcio Pochmann, que insiste em apontar avanços sociais sustentados quase exclusivamente por pesquisas domiciliares.
O problema, apontam especialistas, é metodológico - e político. Pesquisas domiciliares captam mal a renda do topo da pirâmide, onde estão lucros, dividendos, aplicações financeiras e grandes patrimônios. O relatório internacional corrige essa distorção ao incorporar dados fiscais e contábeis, revelando que a concentração de renda no Brasil permanece elevada - e, em alguns recortes, aumentou. Ou seja: a desigualdade não caiu; apenas mudou de régua.
O discurso oficial sustenta a narrativa da redução da pobreza apoiado no crescimento dos benefícios sociais. O que não entra na conta é o efeito colateral: salário mínimo achatado, inflação persistente nos alimentos, supermercados cada vez mais caros e a simbólica picanha cada vez mais distante da mesa do trabalhador.
A chamada “inclusão” se dá pela dependência do auxílio, não pela autonomia econômica. Sai-se da estatística da pobreza, mas permanece-se refém do Estado.
Na vida real, o brasileiro sente o descompasso: renda curta, consumo reprimido e custo de vida em alta. A pobreza some nos gráficos, mas segue firme nas periferias. O IBGE celebra números; o carrinho do supermercado desmente.
Para os críticos, o governo escolhe recortes estatísticos convenientes para sustentar uma narrativa política otimista, enquanto ignora os dados que expõem a permanência - ou o agravamento - da desigualdade estrutural.
Não é que o Brasil tenha ficado menos desigual. É que os números passaram a contar apenas a parte da história que interessa.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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