Investigação aponta que entidade aproveitou emergência da pandemia para induzir Dataprev e Previdência ao erro
Uma investigação do Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios (MPDFT) e da Polícia Civil do DF (PCDF) concluiu, ainda em 2021,
que a Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores
Familiares Rurais (Conafer) aproveitou o fechamento de agências do INSS
durante a pandemia de Covid-19 para lucrar com descontos ilegais nos contracheques
de aposentados.
A investigação aponta que, no auge das medidas restritivas decorrentes da pandemia, a
Conafer promoveu a inclusão de 73.108 novos descontos em benefícios
previdenciários, ou seja, aproximadamente 610 novos filiados por dia.
“O total de beneficiários que sofrem descontos da
contribuição à Conafer somam inacreditáveis 256.810”, concluiu a Coordenação de
Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes.
A polícia destacou, à época, que as autorizações para tais
descontos não existem. “Os autores se aproveitaram do fechamento emergencial
das agências do INSS, a partir de março de 2020, para robustecer os descontos
indevidos, induzindo a subsidiária DATAPREV e o INSS a erro.”
Em 2020, os investigadores pediram para a associação
entregar documentos sobre filiação de associados.
A entidade, no
entanto, deixou de enviar tais documentos alegando que, em virtude da pandemia,
o regime de trabalho escalonado do seu quadro de funcionários prejudicou o
atendimento imediato ao solicitado.
No ano seguinte, A PCDF e o MPDFT chegaram a pedir
autorização para uma operação contra os investigados, mas a Justiça do DF negou
e enviou o processo para a Justiça Federal e para a Polícia Federal, que
realizou operação somente no mês passado contra 11 entidades. Entre elas, a
Conafer.
Nesta sexta-feira (16), a CNN mostrou que a
Conafer, agora alvo da Polícia Federal e da CGU, é a entidade que mais
aumentou, em números absolutos, os descontos em aposentadorias e pensões do
INSS entre os anos de 2019 e 2024. Saltou de R$ 400 mil para R$ 277 milhões por ano.
A reportagem procurou a Conafer para se manifestar sobre as denúncias, mas não teve retorno.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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