Setor teme prejuízo e barreiras comerciais; ambientalistas pedem medidas ousadas para conter emissões.
agro brasileiro está no centro de uma disputa histórica: o Plano Clima do governo Lula coloca o setor como principal responsável pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa, gerando críticas e preocupação às vésperas da COP30, que acontece daqui a um mês, em Belém.
O documento prevê que a agropecuária reduza 36% das emissões até 2030 e 54% até 2035, incluindo desmatamentos em assentamentos e comunidades tradicionais na conta do setor. Ambientalistas defendem rigor, enquanto produtores alertam para riscos à imagem internacional e ao comércio.
“Se o Plano continuar com a narrativa de vilanização do agro, perde-se força para o agro verde e sustentável”, afirma Andreia Bonzo, da Coalizão Brasil. A Sociedade Rural Brasileira (SRB) pede revisão da metodologia para proteger a competitividade do setor nos mercados globais.
Em resposta às críticas, o Ministério da Agricultura e a Embrapa propuseram excluir áreas de assentamentos e territórios quilombolas da conta das emissões. O Ministério do Meio Ambiente trabalha na padronização da metodologia, usando dados do Incra, ICMBio e do Cadastro Ambiental Rural, para apresentar discurso unificado na COP-30.
Entre 1985 e 2024, o Brasil perdeu 111,7 milhões de hectares de áreas naturais - maior que o território da Bolívia. Ao mesmo tempo, a agropecuária se expandiu, passando a ocupar a maior parte do território em 59% dos municípios, contra 47% há 40 anos. Na Amazônia, apenas 2% da vegetação nativa é secundária, ainda em regeneração.
O debate sobre o Plano Clima será um teste para o Brasil. A conferência de Belém exigirá equilíbrio entre metas ambientais e proteção do setor produtivo, sob o olhar atento do mundo. O agro quer segurança; o clima, ação. O País precisa mostrar que pode conciliar os dois.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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