Dois animais foram encontrados na área rural de Indaiatuba. Ação, que mira operadores do transporte de cocaína entre Brasil e Itália, bloqueou R$ 31,5 milhões dos investigados.
São Paulo, SP - Uma operação da Polícia Federal (PF) do Paraná apreendeu, em um haras de Indaiatuba (SP), dois cavalos avaliados, juntos, em R$ 3 milhões nesta sexta-feira (28). Além disso, houve bloqueio de R$ 31,5 milhões em bens dos investigados por operar um esquema de transporte de cocaína entre América do Sul e Europa.
Segundo a PF, a ação é um desdobramento da Operação Mafiusi, deflagrada em 10 de dezembro de 2024 e que prendeu 10 pessoas envolvidas no esquema que movimentou cerca de R$ 2 bilhões ilegalmente.
Na primeira fase da operação, foram encontradas evidências de lavagem de dinheiro praticadas pela suposta organização criminosa e o principal operador financeiro do esquema.
"O esquema envolvia movimentações ilícitas por meio de contas de passagem, uso de dinheiro em espécie, empresas fictícias e a aquisição de bens de alto valor", informou a PF.
Os policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em cidades paulistas. Além de Indaiatuba, um endereço em Santana de Parnaíba foi alvo da operação. Ninguém foi preso nesta sexta-feira.
As ordem de busca e apreensão foram autorizadas pela 23ª Vara Federal de Curitiba (PR).
Tráfico internacional
Segundo a PF, a propriedade de Indaiatuba foi comprada recentemente pelo principal operador financeiro da organização criminosa e pela liderança do grupo. Um dos animais apreendidos nesta sexta vale R$ 2 milhões e o outro, R$ 1 milhão.
Já o endereço em Santana de Parnaíba seria de um indivíduo identificado como um dos operadores do esquema de lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas.
Primeira fase
As investigações, segundo a PF, mostram que o grupo envolvia uma rede complexa que operava principalmente por meio do Porto de Paranaguá, no Paraná, e por meio de aeronaves privadas.
O trabalho conjunto entre as instituições brasileiras e internacionais teve início em 2019 após a prisão de dois membros da máfia italiana em Praia Grande, litoral de São Paulo.
A primeira fase foi um desdobramento da Operação Retis, que já havia desarticulado organizações criminosas responsáveis pela logística do tráfico de drogas no Porto de Paranaguá.
"Durante a operação, foi identificado que os traficantes que contratavam essa logística eram indivíduos de São Paulo, ligados a uma facção criminosas originária daquele estado, além de membros de uma organização mafiosa italiana que atuava no Brasil, sendo responsáveis pela intermediação da compra e envio da droga para o continente europeu", afirmou a PF.
Além disso, as investigações mostraram também que o esquema envolvia lavagem de dinheiro entre empresas e contas bancárias de fachada. Durante o período de investigação, entre 2018 e 2022, a movimentação financeira dos investigados ficou próxima aos R$ 2 bilhões.
A principal saída da droga era pelo Porto de Paranaguá e a chegada era o Porto de Valência, na Espanha. A droga era ocultada em contêineres com cargas como cerâmica, louça sanitária e madeira, afirmou a PF, além do uso de aeronaves privadas para enviar cocaína para a Bélgica.
Em nota, a Portos do Paraná, responsável pela administração do Porto de Paranaguá afirma que não teve participação na operação, mas que se "mantém à disposição para auxiliar as autoridades no combate a todo tipo de crime”.
A empresa afirmou ainda que por meio da guarda portuária tem feito "ações contínuas para impedir a atuação do narcotráfico dentro da área portuária, tanto, que neste caso, a investigação apontou a ação de criminosos fora da área do Porto", encerra a manifestação.
Foto: Divulgação/PF
(Com o G1)
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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