Foi enviado ofício ao prefeito do município e ao presidente da câmara municipal para que se manifestem em até 10 dias
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para investigar a extinção da Fundação Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira (Funbosque), em Belém (PA). Nesta quinta-feira (6), o MPF enviou ofício ao prefeito do município, Igor Wander Centeno Normando, e ao presidente da câmara municipal de Belém, John Wayne Holanda Parente, para que se manifestem sobre a medida em até 10 dias.
A fundação, que possui autonomia orçamentária e é dedicada à educação ambiental e ao atendimento de populações tradicionais ribeirinhas e agroextrativistas da região das ilhas de Belém (PA), foi extinta e incorporada à Secretaria Municipal de Educação (Semec), após aprovação do Projeto de Lei 10.143/2025, no último dia 28 de fevereiro.
A reforma administrativa do município, que reduziu o número de cargos comissionados, incorporou secretarias e extinguiu órgãos - incluindo a Funbosque - foi votada em sessão extraordinária da câmara municipal, em regime de urgência e sem a participação da sociedade.
Violação de direitos - Representação encaminhada ao MPF pedindo a abertura da investigação afirma que a extinção da Funbosque representaria grande retrocesso na política ambiental e educacional do município.
Além disso, alerta a representação que a velocidade e a forma com que a medida foi aprovada - diálogo de apenas sete horas - excluiu a participação da sociedade e ignorou a obrigatoriedade de Consulta Livre, Prévia e Informada aos povos e comunidades tradicionais afetados, estabelecida pela Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O documento também ressalta que a extinção da Funbosque pode representar uma grave violação ao direito fundamental à educação pública culturalmente diferenciada para povos e comunidades tradicionais, que são atendidos pela fundação.
Sobre a Escola Bosque - A Funbosque, criada pela Lei Municipal nº 7.747 de 1995, desempenha um papel crucial na educação ambiental e no atendimento às comunidades tradicionais da região das ilhas de Belém, promovendo a sustentabilidade e a valorização da cultura.
A fundação oferece educação infantil, ensino fundamental, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e ensino médio técnico profissionalizante, com foco na prática pedagógica da educação ambiental. Além disso, a instituição sedia o Ecomuseu da Amazônia, que promove ações de conscientização e preservação ambiental.
Fonte: MPF/PA
Foto: Agência Belém
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
ALina Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.
Rlex Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip commodo.
Roboto Alex
21 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.