Região é considerada estratégica pela possibilidade de importar cargas de cocaína e skunk do Peru e Colômbia através das mesmas do garimpo ilegal.
Ministério da Justiça identificou 90 organizações criminosas atuando no País nos últimos três anos. O Nordeste lidera a lista, com 46, segundo documentos enviados à CPI do Crime Organizado. O Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) operam em todas as regiões.

Segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais da pasta, a atuação das facções criminosas é dividida da seguinte maneira pelo País, de 2023 a 2025: Nordeste – 46; Sul – 24; Sudeste – 18; Norte – 17; e Centro-Oeste - 9. Dos 90 grupos criminosos, 74, o equivalente a 82%, operam apenas em um Estado. Dois deles funcionam não só em todas as regiões do País, mas também no exterior: o PCC e o CV.
Uma quadrilha gerenciava uma rede de 49 empresas em um esquema de lavagem de dinheiro, atuando como um verdadeiro prestador de serviços para o PCC, segundo a Polícia Civil de São Paulo. As investigações mostram como padarias, adegas, concessionárias e fintechs ofereciam a traficantes, estelionatários e operadores de jogos de azar esquemas para ocultar o “dinheiro sujo”.
O coronel Paulo Mauricio Maculevicius Ferreira, secretário-adjunto de Segurança Pública, explica que as empresas lavavam o dinheiro com a mescla de rendimentos - mistura do dinheiro ‘bom’ e do dinheiro ‘ruim’ - e triangulação - múltiplas transações entre pessoas físicas, jurídicas e empresas de fachada.
Mais de um quarto das cidades da Amazônia Legal hoje são dominadas pelo Comando Vermelho. A Região Norte do País é considerada estratégica pela possibilidade de importar rapidamente cargas de cocaína e skunk de nações vizinhas, como Peru e Colômbia, além de permitir que as mesmas rotas sejam usadas para crimes como o garimpo ilegal, em fenômeno conhecido como o “narcogarimpo”.
O domínio do CV, facção fundada há mais de quatro décadas no Rio, se estende por 202 cidades da região, incluindo locais estratégicos na área de fronteira, como Tabatinga (AM). A facção está presente em 286 municípios da Amazônia Legal, mais de um terço das 772 cidades da região - em 84 delas, como em Santana, no Amapá, há um cenário de disputa com outros grupos.
Ao todo, são 17 facções com atuação na Amazônia Legal, incluindo siglas nordestinas, como o “Bonde do Maluco” (BDM), da Bahia, e os “Guardiões do Estado” (GDE), do Ceará. A lista inclui ainda três organizações estrangeiras: o “Estado Maior Central” (EMC) e a Ex-Farc Acácio Medina, da Colômbia, além do “Trem de Aragua”, da Venezuela.
O estudo “Cartografias da Violência na Amazônia” aponta que, dos 772 municípios amazônicos, 344 (44,6%) apresentam alguma evidência da presença de facções, “demonstrando um processo de capilarização que transcende os grandes centros urbanos”. Ao todo, 258 municípios (33,4%) registram a atuação de apenas uma facção, enquanto 86 (11,1%) veem disputas entre duas ou mais organizações criminosas.
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Ministério Público do Estado de São Paulo, afirmou que, em 15 anos, o PCC saiu de um faturamento anual de R$ 10 milhões para R$ 10 bilhões, com atividades que hoje vão do tráfico de drogas a esquemas na economia formal. Trata-se de um crescimento de cerca de 100.000%.
Até pouco tempo, o MP estimava que a facção movimentava cerca de US$ 1 bilhão. Recentemente, uma megaoperação contra o Comando Vermelho deixou ao menos 122 mortes no Rio de Janeiro. Foi a incursão mais letal da história do Estado. Os números atualizados sobre o faturamento do PCC fazem parte de investigações recentes - algumas ainda em andamento - conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco.
Segundo ele, nos últimos anos, passou a ocorrer um investimento maior no tráfico internacional de drogas, com a manutenção do controle de rotas de tráfico a partir de países como Bolívia, e na economia formal do País, como nos esquemas revelados pela Operação “Carbono Oculto”. A organização também já possui braços em ao menos 28 países.

•Durante a sessão na CCJ, Delegado Eder Mauro (foto) criticou colegas que, segundo ele, apenas seguem decisões do STF. Ele afirmou que parlamentares atuam como "cachorrinhos de painel de carro", acusando Câmara e Senado de obedecerem automaticamente ao Supremo.
•Nem aí para as intermináveis implicâncias do governo brasileiro contra o agro, o Senado do Paraguai foi ágil e certeiro: aprovou a toque de caixa, ontem, a criação de tilápia no lago Itaipu.
•O país vizinho está de olho na romaria de produtores que pretendem injetar milhões em investimentos, caso progrida a insana inclusão da espécie na "lista negra" das invasoras do bioma nacional.
•Sem freguesia, nem o empréstimo de R$20 bi - com "juros de agiota" -, os Correios caminham célere para superar a casa dos R$10 bilhões de rombo só em 2025.
•Não é trivial compreender o que se passa no Congresso Nacional, e os acontecimentos de ontem na Câmara, envolvendo as deliberações sobre os mandatos de Glauber Braga e Carla Zambelli, só reforçam a perplexidade geral.
•Mas, por trás da névoa que costuma envolver a cena política, há um dado irrefutável: o presidente Hugo Motta, por mais incompreendido que seja pela imprensa e pelos analistas de ocasião, vem conduzindo o núcleo central da Casa com uma lógica própria, e, goste-se ou não, funcional.
•Num País tão dividido, onde os extremos se afastam como placas tectônicas em lenta colisão, alguém precisa manter o centro de gravidade.
•E isso exige ceder aqui, ceder ali, compor com uns, dialogar com outros, e formar um grupo médio minimamente coeso, capaz de entregar votações e fazer a engrenagem andar.
•Os números mostram que a estratégia tem surtido efeito: pautas sensíveis avançaram, como o devedor contumaz, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda e tantas outras matérias que, mesmo controversas, caminharam.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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