Enquanto Orçamento de 2026 trava no Congresso, primeira-dama ganha holofotes na COP30 com verba da ONU
presidente Luiz Inácio Lula da Silva acumula desafios em múltiplas frentes. No Congresso, luta para manter suas medidas de governo e atender aliados; no Executivo, enfrenta filas do Bolsa Família, fraudes no do INSS e a derrocada dos Correios; no plano internacional, encara pressões geopolíticas e críticas da oposição. A tempestade política se intensifica quando as contas não fecham.
O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá, admitiu nesta quarta-feira, 15, que o Executivo encara um descompasso fiscal após a queda da Medida Provisória 1303, que previa substituir o IOF e arrecadar cerca de R$ 35 bilhões. Segundo ele, o déficit estimado no Orçamento de 2026 gira entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões, e agora a prioridade é buscar, junto ao Legislativo, soluções para recompor perdas e manter as metas da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
“O orçamento público tem contas a serem feitas. E nós temos uma conta que não fecha, algo entre R$ 40 e R$ 50 bilhões. A medida provisória que caducou representava mais de dois terços da solução para esse desequilíbrio, com cortes e ajustes”, disse Randolfe. O parlamentar destacou que a parte tributária, como taxação de bilionários, apostas e bancos, não cobria a maior parte da MP.
Enquanto o governo luta para equilibrar as contas, outro episódio repercute no cenário internacional. Um e-mail oficial da Edelman, registrado no Departamento de Justiça dos EUA, revelou que a primeira-dama, Janja Lula, foi promovida como uma das vozes centrais da COP30.
O contrato de US$ 835 mil, financiado pelo PNUD a pedido do governo, incluiu promoção de Janja em entrevistas internacionais sobre “violência de gênero e insegurança alimentar”, mesmo sem cargo técnico oficial na conferência. A agência contratada atende empresas como Shell, Chevron e Exxon Mobil, levantando críticas sobre greenwashing e conflito de interesses.
Enquanto o Orçamento de 2026 trava no Congresso, expondo fragilidades fiscais, a promoção internacional da primeira-dama gera desconforto. Analistas apontam que o episódio simboliza a tensão entre discurso climático e interesses corporativos, reforçando a sensação de contradição no governo às vésperas da COP30.
Lula navega entre rombos bilionários e holofotes internacionais. Entre a conta que não fecha e a primeira-dama promovida com verba da ONU, o Brasil chega à COP30 com dilemas internos e contradições que dificilmente passarão despercebidas.
•As violações de direitos humanos e a perseguição implacável contra opositores no Brasil, segundo Washington, são os responsáveis diretos pelas tarifas impostas pelo governo Trump aos produtos brasileiros.
•Embora a reunião de ontem entre Marco Rubio (foto) e o chanceler Vieira tenha sido considerada “positiva” para preparar o encontro entre Trump e Lula, os americanos deixaram claro que sem o retrocesso do ímpeto de Alexandre de Moraes "nenhuma concessão poderá ser esperada do lado da Casa Branca".
•Após o anúncio do empréstimo bilionário com garantia do Tesouro Nacional, oposição já arrecada assinaturas para criação de uma CPI dos Correios.
•O Programa Farmácia Popular do Brasil não poderia ter ficado de fora da roubalheira que tomou conta do País: ontem, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no Espírito Santo no âmbito da investigação sobre o caso.
•Aliás, no ritmo que vai, já, já faltará efetivo na PF para atender tantas ações de combate a fraudes em todas as esferas de poder.
•O belenense já pode reclamar de questões relacionadas à coleta de lixo no WatsApp pelo número 984053100.
•Como já era esperado, a base do governo barrou a convocação do irmão de Lula, "Frei Chico", na CPMI do INSS.
•Projeto que proíbe aborto após cinco meses e meio avançou ontem na Comissão de Direitos Humanos do Senado com a aprovação do projeto de lei proibindo o aborto a partir da 22ª semana de gestação, ou cinco meses e meio, exceto em casos de risco de vida da mãe.
•A Anac disse que vai apoiar o Congresso no projeto visando limitar a cobrança de bagagens em voos nacionais.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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