Nome de Alexandre Buchara, ex-prefeito de Capanema que já atuou na Corte, reabre debate que o Judiciário paraense fadado a revisitar.
Tribunal de Justiça do Pará deve votar por estes dias a lista tríplice destinada à vaga de juiz-membro do TRE reservada à classe dos juristas. Entre os concorrentes, um nome reaparece com força - e reabre um debate que o Judiciário paraense parece condenado a revisitar: Alexandre Buchacra, ex-juiz da Corte, ex-prefeito, ex-candidato e atual diretor-geral do Detran, nomeado diretamente pelo governador Helder Barbalho.

A possível indicação de Buchacra reacendeu dúvidas sobre imparcialidade e independência. Em sua passagem anterior pelo TRE, decisões atribuídas a ele foram criticadas por supostamente prejudicar o ex-governador Simão Jatene e favorecer o então aliado, hoje governador. O caso mais rumoroso envolve o ministro do TSE Herman Benjamin, que suspendeu decisão do TRE ao apontar indícios de suspeição.
Antes disso, Buchacra já havia sido prefeito de Capanema - o que sempre renovou a discussão sobre o trânsito fluido entre a política partidária e a função judicante.
Ao deixar o TRE, o advogado não voltou ao escritório: virou secretário-adjunto de Educação por ato direto do governador. Depois, presidiu a Fadep, também por nomeação governamental. Em 2024, disputou a Prefeitura de Capanema pelo MDB, alinhado ao grupo político estadual. Derrotado, retornou ao círculo administrativo.
Agora, tenta ocupar uma cadeira que julga campanhas, contas e eventuais ilícitos dos mesmos atores políticos com quem mantém vínculos funcionais e eleitorais.
A possibilidade de indicação de Buchacra acionou alertas dentro do Judiciário. Um desembargador ouvido pela reportagem resumiu o incômodo: “Quando o julgador mantém vínculo funcional com autoridades que podem ser parte em processos futuros, a confiança pública se abala.”
Na composição atual do TRE, críticos observam que os dois juízes-advogados têm relação direta com o grupo do governador. Marcelo Lima Guedes chefiou o Detran antes de integrar a Corte. Tiago Nasser Sefer é irmão do secretário de Educação e primo de deputado da base governista.
Com a lembrança de listas anteriores devolvidas pelo TSE por falhas nos requisitos de idoneidade e reputação ilibada, cresce a responsabilidade sobre o Tribunal de Justiça, que deve decidir se privilegia nomes técnicos ou perfis politicamente alinhados.
Setores da sociedade civil defendem que o TJPA exerça vigilância institucional real e evite novas contestações, indicando um nome sem vínculos funcionais diretos com os grupos que disputarão as eleições de 2026. A lista tríplice segue depois ao TSE e, por fim, ao presidente da República, responsável pela nomeação final.
Uma coisa é certa: a Justiça Eleitoral não vive só de legalidade - vive de percepção. Quando a aparência de independência falha, todo o edifício institucional treme. Caberá ao TJ decidir se entrega estabilidade ao processo eleitoral de 2026 ou se empurra a Corte para mais uma temporada de questionamentos.

•O prefeito Igor Normando (foto) desfez o contrato com a empresa contratada sem licitação para fornecer alimentação aos indígenas Warao em abrigo mantido pela Funpapa.
•Ao destacar em nota que sua gestão “não tem compromisso com o erro”, o prefeito deixou escapar ruídos ocorridos com a administração e a saída de Arthur Houat da direção da Funpapa.
•A prefeitura estaria revisando e auditando os contratos para encontrar a melhor forma de atuação da Fundação.
•O gestor escolar Marinaldo Santos, de Igarapé-Miri, informa à coluna que obras necessárias na área do refeitório da Escola Rural Graziela Gabriel, no rio Panacauera, começaram no dia 24 de novembro e têm prazo de três meses, ao custo de cerca de R$ 995 mil.
•O mês de dezembro está repleto de fenômenos astronômicos, entre eles a superlua, visível amanhã, dia 4, em todo o mundo, e as chuvas de meteoros Pupidas-Velidas e Geminidas, que prometem um show impressionante de luzes no Hemisfério Sul.
•Emenda apresentada por Ciro Nogueira à PEC do fim da reeleição, respaldada por 29 senadores, amplia a transição e permite que prefeitos reeleitos em 2024 tentem novo mandato em 2028.
• A brecha abriria caminho para até 14 anos seguidos no comando das prefeituras. Atualmente, 44% dos prefeitos estão na sua segunda gestão. O Senado deve votar a PEC ainda neste ano.
•Aliás, ainda nesta semana o Senado deve votar o PL Antifacção, prioridade do Congresso e do governo para endurecer o combate às organizações criminosas.
•Hoje, deve ser votado o projeto relatado por Sérgio Moro que prioriza envio de condenados por homicídios de agentes de segurança para presídios federais.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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