Abel revive esquema deixado de lado nos últimos anos, enquanto Filipe Luís mantém dois jogadores abertos
Rio de Janeiro, RJ - Uma dupla ofensiva do Palmeiras, que soma 44 gols nesta temporada, turbinando o melhor ataque desta edição da Libertadores, encara um Flamengo que prefere compor sua força ofensiva com dois jogadores abertos e um homem de referência ao centro, esquema que já rendeu 74 gols no Brasileirão, no qual os dois clubes também disputam o título.
A final da Libertadores, amanhã, às 18h, é também uma batalha de conceitos na busca pelo gol. Enquanto o técnico Abel Ferreira “revive” o pouco prestigiado 4-4-2, Filipe Luís aposta no consolidado 4-2-3-1 na busca pelo tetracampeonato da América.
Com Abel, Flaco López e Vitor Roque encaixaram perfeitamente no Palmeiras no esquema tático até então “esquecido” no futebol brasileiro. Ainda que o atual momento da equipe não seja tão brilhante às vésperas da decisão - são cinco jogos sem vencer -, a dupla é prova viva de que a variação de características também pode dar certo dentro e fora da área.
Complemento perfeito
Dos 30 gols em 12 jogos que dão ao alviverde o posto de melhor ataque do torneio continental, mais de um terço foi de Flaco López (7) e Vitor Roque (4). Nas fases eliminatórias, o argentino marcou quatro vezes, enquanto o brasileiro foi às redes em três ocasiões, o que mostra o poder de decisão da dupla. Fruto da fase artilheira e do desempenho coletivo no Palmeiras, os jovens atacantes - 24 e 20 anos, respectivamente - foram convocados para as suas seleções na última data Fifa.
Depois de explodir no cenário nacional pelo Athletico, Vitor Roque viveu o sonho de criança no Barcelona, mas sofreu com a pressão de um dos maiores clubes do mundo e a adaptação ao Velho Continente. Após o empréstimo ao Real Betis, o Tigrinho decidiu retornar ao futebol brasileiro. Com a ajuda das ideias de Abel, retomou a confiança e a felicidade em campo. No Palmeiras, solucionou algo que também era problema para Flaco.
Há quatro temporadas no Palmeiras, o argentino passou duas delas sob altos e baixos, engatou um bom 2024, mas não conseguia suprir a demanda crescente da torcida por um atacante mais agudo de área, com o estilo goleador. Agora, pode fazer bem a função em que mais se sente confortável.
A dupla de ataque também abriu espaço para maior protagonismo do meio-campo. O jovem Allan explodiu com o corredor aberto pela direita, enquanto Andreas Pereira, um volante que qualifica a posse de bola, passou a tê-la mais vezes no centro do campo ou na entrada da área.
Múltiplas soluções
No Flamengo, Pedro supria a demanda de bola na rede, mas precisou trabalhar para atender às ideias ofensivas de Filipe Luís. O treinador implementou um ataque bastante móvel, intenso e de rápida tomada de decisão, característica de alguns dos últimos times dominantes do rubro-negro. O camisa 9, com lesão muscular, dificilmente estará em campo na final, mas a tendência é que o treinador mantenha seu 4-2-3-1.
No Flamengo, os jogadores abertos no ataque se alternam entre atacar as costas das defesas na transição ou trabalhar com dribles agudos e jogo de passe e aproximação junto aos laterais, criando triangulações que normalmente terminam nos pés de Arrascaeta, o meia mais avançado, maior goleador (23 gols) e assistente (17 passes para gol) da equipe na temporada.
É por Arrasca funcionar quase como um segundo centroavante (em movimentação que por vezes assemelha o Fla ao alviverde), pisando na área, que o rubro-negro tem conseguido aplacar a ausência de Pedro. Plata, suspenso para a decisão após expulsão na semifinal, foi testado na função, mas Bruno Henrique, o mais agudo dos pontas do elenco e vice-artilheiro junto a Pedro (15 gols), ganhou a posição.
Experiente e acostumado a ficar de frente para o goleiro, o camisa 27 fica responsável pelos movimentos de entrada na área, deixando a marcação indecisa se fecha a linha de passe ou o espaço para a penetração do uruguaio, normalmente na meia-lua. Bruno também tem a vantagem da altura, que proporciona gols de cabeça.
Com essa facilidade, o técnico prioriza o refino técnico e criativo pelos lados. Bem servido por conta da agressividade do Flamengo no mercado, tem como principais opções para os lados do campo Carrascal e Samuel Lino, jogadores de seleção, ou Luiz Araújo, ponta com alto volume de jogo e 23 participações em gols na temporada. Tem ainda Everton Cebolinha correndo por fora.
Foto: Divulgação
(Com O Globo)
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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