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Sustentabilidade

Edital vai oferecer R$ 70,2 milhões para Núcleos de Sociobioeconomia na Amazônia

Serão comtemplados projetos das cidades de Altamira (PA), Portel (PA), Salgado-Bragantino (PA), Macapá (AP), Juruá-Tefé (AM) e Rio Branco–Brasileia (AC)

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  • 06/12/2025, 20:00
Edital vai oferecer R$ 70,2 milhões para Núcleos de Sociobioeconomia na Amazônia

Belém, PA - O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lança, em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), o edital que selecionará seis redes regionais para a criação de Núcleos de Desenvolvimento da Sociobioeconomia em territórios estratégicos da Amazônia.


A chamada pública é a primeira ação oficial do Projeto “Sociobioeconomia na Amazônia” com aporte de R$ 70,2 milhões, com possibilidade de apoio financeiro de até R$ 11,7 milhões para cada um dos seis territórios prioritários da Amazônia Legal: Altamira (PA), Portel (PA), Salgado-Bragantino (PA), Macapá (AP), Juruá-Tefé (AM) e Rio Branco–Brasileia (AC).


“Esse projeto é bastante amplo, tem duração de quatro anos e um investimento de mais de R$ 120 milhões (20 milhões de euros). Trabalhamos em territórios definidos com base na presença de povos tradicionais, áreas protegidas, unidades produtivas e centros de ciência e tecnologia. Reunimos um conjunto sólido de inteligência e conhecimento em bioeconomia para este projeto”, explica Bruna De Vita, Diretora do Departamento de Políticas de Estímulo à Bioeconomia do MMA.


Os núcleos deverão reunir organizações comunitárias, cooperativas, empreendimentos locais, instituições de apoio técnico e instituições de ciência, tecnologia e inovação, tornando-se referências regionais em assistência técnica, formação, gestão de negócios, comunicação e inovação produtiva. As inscrições estão abertas até 9 de janeiro de 2026, e o edital completo está disponível em fas-amazonia.org/sociobio.


O lançamento do edital ocorre em paralelo à assinatura do novo contrato entre FAS, KfW e MMA, que garante 120 milhões de reais para a implementação do projeto - dos quais 86% serão destinados diretamente às ações finalísticas de bioeconomia e 14% à gestão e administração ao longo dos 05 (cinco) anos do projeto. As instituições celebraram o acordo em uma cerimônia realizada no Barco Cultural “Banzeiro da Esperança”, em Belém, com participação de lideranças comunitárias do estado do Amazonas.


Segundo Jens Mackensen, chefe da Divisão de Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos para a América Latina do KfW, o desejo da instituição é  seguir colaborando com os responsáveis pelo projeto e com o Poder Público brasileiro em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia. “Nós entendemos que, na Amazônia, é a pressão pública - a partir das cadeias produtivas, dos coletivos organizados e das comunidades tradicionais — que nos faz atualizar políticas públicas e fazê-las chegar aos territórios de forma eficiente”, completa.


A FAS atuará como agência implementadora, responsável pela execução técnica e financeira em colaboração com o MMA e acompanhamento do KfW. O investimento fortalecerá a transição para uma economia amazônica sustentável e inclusiva, apoiando cadeias produtivas conduzidas por povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares.


“Esta é uma das maiores iniciativas já lançadas na Amazônia para integrar conservação ambiental, desenvolvimento econômico e inclusão social. A sociobioeconomia é a base de um novo modelo de prosperidade para os povos da floresta”, afirma Virgilio Viana, superintendente-geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS).


Foto: Agência Pará

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Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.