Parceria estratégica vai gerar funcionamento de um estande, encontros setoriais e palestras técnicas ao longo da Conferência em Belém
Belém, PA - "Não é possível preservar a Amazônia e outros biomas no mundo sem a inteligência, sem a educação e pesquisa científica para inovações tecnológicas para, então, viabilizar, de fato, o desenvolvimento sustentável".
A colocação é do professor José Seixas Lourenço, presidente pro tempore da Associação das Universidades Amazônicas (Unamaz) e diretor-presidente da Bio Tec-Amazônia, centro de pesquisa relacionado à bioeconomia na Amazônia, neste momento de abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém.
A afirmativa desse educador com atuação há 53 anos nos campos da educação e do meio ambiente é referendada pela programação da Unamaz e Bio Tec-Amazônia na Conferência, por meio um estande na Greenzone do Parque da Cidade e da participação od próprio Seixas Lourenços nos eventos da COP 30, de 10 a 21 deste mês.
A Unamaz é uma rede de universidades, institutos de pesquisa e instituições do Terceiro Setor dos oito países da Bacia Amazônica: Brasil (por meio da Amazônia Brasileira), Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname, incorporando também instituições da Guiana Francesa. Na primeira semana da COP 30, a Unamaz assinará um acordo de cooperação com a Universidade da Guiana Francesa.
A participação da Unamaz na Conferência, como explica Seixas Lourenço, apresenta-se como "uma oportunidade única de cooperação entre as instituições, porque este evento, a Conferência, é realizada na Amazônia, e mais, em Belém, onde surgiu a Unamaz". Ele, ainda como reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), criou a Unamaz, em setembro de 1987.
No processo de aproximação das universidades amazônicas em um novo momento de propostas e ações para a região, a Unamaz recebeu o apoio da Cúpula da Amazônia, realizada em Belém, no Hangar - Centro de Convenções, em agosto de 2023. Na ocasião, os dirigentes dos países amazônicos recomendaram a revitalização dessa rede de conhecimentos.
Criada em 2016 a partir de um edital do Governo do Pará a fim de gerir uma política pública de pesquisa e desenvolvimento das cadeias produtivas da biodiversidade, a Bio Tec-Amazônia consolidou-se gradativamente no cenário produtivo brasileiro, movimentando recursos públicos e privados. Essa Organização Social montou uma rede de competências - hoje tem 65 pesquisadores e empreendedores atuando em cadeias produtivas variadas, inclusive, de açaí, cacau e outras.
"O avanço maior foi a gente ser referência na rastreabilidade e certificação de produtos. É a única instituição no Brasil com inscrição no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, que faz a rastreabilidade por DNA) e a única instituição reconhecida pela Comunidade Europeia", ressalta Seixas Lourenço, diretor-presidente da Bio Tec-Amazônia.
Parcerias
A Unamaz e a Bio Tec-Amazônia vão manter um estande conjunto na COP 3O e, nesta segunda-feira (10) pela manhã, a Associação das Universidades Amazônicas vai apresentar a Agenda Estratégica 2025-2030. Essa Agenda reúne projetos encaminhados em cooperação pan-amazônica. São cerca de 85 instituições mobilizadas em rede, entre as quais 30 da Amazônia Brasileira, com a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) na presidência temporária da Associação. As universidades participam da COP 30 presencialmente e por meio de videoconferências.
Já à tarde, a Bio Tec-Amazônia vai apresentar seus avanços no campo da bioeconomia. No começo da noite desta segunda-feira (10), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, vai estar no estande Unamaz/Bio Tec-Amazônia. O ministro irá conhecer os resultados das pesquisas tecnológicas desenvolvidas em parceria com o Ministério, como o da cadeia produtiva do cacau, na região de Medicilândia (PA).
A Bio Tec-Amazônia apresentará, durante esta programação, dois projetos de rastreabilidade do ouro e da carne, duas cadeias produtivas nevrálgicas no processo de depredação ambiental na Amazônia (desmatamento, garimpo ilegal, inclusive, relacionado ao narcotráfico, como vem denunciando Seixas Lourenço).
Foto: Divulgação
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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