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Popularidade e rejeição dão o tom das eleições na Região Metropolitana de Belém

Oito municípios localizados nos arredores de Belém serão geridos pelo MDB

06/10/2024 21:58
Popularidade e rejeição dão o tom das eleições na Região Metropolitana de Belém

O resultado das urnas nos dois maiores colégios eleitorais do Pará, Belém e Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB), colocam lado a lado a alta popularidade do prefeito Daniel Santos (PSB), eleito com mais de 83% dos votos, com a altíssima rejeição do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, rejeitado em proporção ainda maior, já que obteve apenas 9,78% dos votos válidos em Belém, amargando um humilhante terceiro lugar e ficando fora do segundo turno da eleição em Belém, onde disputarão Igor Normando (MDB) e o delegado Éder Mauro (PL).

 

 

Desde que a reeleição foi instituída, em 1997, será a primeira vez que o mandatário da capital paraense não será reeleito e, pior, sem chegar sequer ao segundo turno das eleições. Até então, essa situação só havia ocorrido no governo do Estado, com a derrota, em 2010, de Ana Júlia Carepa, à época no PT, para o ex-governador Simão Jatene, à época no PSDB.

 

Mas o desempenho do prefeito Edmilson conseguiu ser ainda pior que o de Ana Júlia, que naquela ocasião e com o apoio do presidente Lula, que disputava a eleição presidencial, levou seu nome para o segundo turno da eleição. No segundo turno, ela obteve 44,26% dos votos válidos, e Jatene ganhou a eleição com 55,74%,

 

Por pouco

Ainda graças ao mau desempenho do prefeito Edmilson Rodrigues, por pouco o candidato Igor Normando não levou a eleição no primeiro turno. Pelos números, com a votação de apenas 9,78% Edmilson pontuou menos que os candidatos Thiago Araújo (Republicanos) e Jefferson Lima (Podemos) juntos, ambos somaram 12,3%, e que acabaram levando a eleição de Belém para o segundo turno, tendo Thiago Araújo recebido 7,77% dos votos válidos e Jefferson Lima ficou com 4,53%.

 

Humildade e autocrítica em falta

Os dois ingredientes são apenas a ponta de iceberg da desastrosa gestão de Edmilson Rodrigues, que mesmo com uma gestão apática, quando criticado batia boca com os críticos na rua. O mesmo comportamento tinha os seus assessores, que chegaram a agredir fisicamente pessoas que reprovavam publicamente o prefeito, transformando alguns eventos promovidos pela gestão em casos de polícia.

 

Humilhação em Ananindeua

Pode-se dizer que os mesmos ingredientes falaram em Ananindeua, mas neste caso por parte do govenador Helder Barbalho, que empreendeu grandes esforços na candidatura do deputado federal Antonio Doido (MDB). A começar pelo fato de Doido sequer ser da cidade, tendo transferido seu domicílio eleitoral ainda na janela aberta pelo calendário eleitoral. Além disso, é notório que o governador fomentou outras candidaturas para tentar pulverizar o eleitorado na cidade mas, ainda assim, o atual prefeito Daniel Santos venceu com ampla vantagem de mais de 83%.

 

Força na RMB

De toda forma, o MDB do governador Helder Barbalho ainda sai fortalecido na RMB onde, dos oito municípios que compõem a região, elegeu metade no primeiro turno, com a reeleição de Patrícia Alencar em Marituba, Luiziane Solon em Benevides; Marcão em Santa Bárbara do Pará, Neneco em Santa Izabel do Pará.

 

Caso Igor Normando vença o pleito em Belém no segundo turno, será a quinta prefeitura para o partido na RMB. As demais prefeituras da RMB ficaram com o PSB, com a reeleição de Daniel Santos em Ananindeua; o PP, com a reeleição de Renato Ogawa em Barcarena e o União Brasil, com a eleição de Hélio Leite em Castanhal.

 

Vaga na Câmara Federal

Outro partido que sai fortalecido do pleito é o União Brasil, presidido no Pará pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, que ao fim das apurações computava vitória em 18 prefeituras no estado, além de três vereadores eleitos em Belém, números avaliados pelo ministro por Sabino como muito positivos.

 

Celso Sabino destaca que Castanhal é uma vitória muito importante para o partido porque, além de ganhar uma cidade com mais de 200 mil habitantes, a vitória de Hélio Leite em Castanhal dá ao partido mais uma vaga na Câmara Federal. A saída de Leite dá lugar em Brasília ao seu suplente, o pastor Cláudio Mariano, que é vice-prefeito do município de Sapucaia, na região sul do Pará. Mariano é quem deverá assumir a vaga de deputado federal em 2025.

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