Pará conta 56 pontes em rodovias federais classificadas em situação "crítica ou ruim"

Dados foram atualizados em 2023; ponte que colapsou na divida entre os Estados do Tocantins e Maranhão estava na categoria “ruim”, determinada por fatores igualmente conhecidos.

26/12/2024 08:00

Populares tentam resgatar veículo que desabou junto com a ponte, colapsada devido a desgastes supostamente conhecidos pelo Dnit/Fotos: Divulgação-Rede Social.


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tragédia envolvendo a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou no último domingo, 22, na divisa entre Tocantins e Maranhão, traz um panorama preocupante da infraestrutura de pontes federais no País. As informações são da página do site Conexão Política Brasil, no Instagram.

 

A Coluna Olavo Dutra apurou que a necessidade de reparos na ponte que desabou na divisa Maranhão-Tocantins era de pleno conhecimento do Departamento Nacional Infraestrutura de Transportes, tanto que, em maio passado, um edital de R$ 13 milhões chegou a ser lançado para a contratação de empresa para realizar os serviços de reabilitação, mas o processo acabou travando - supostamente - na indisponibilidade orçamentária. Só agora, depois da tragédia - com vítimas fatais -, o governo, que "economizou" antes na prevenção, anuncia que vai gastar R$ 100 milhões na reabilitação da ponte. É quando o barato sai caro.

 

Risco iminente

 

Um levantamento do jornal “Folha de S.Paulo” aponta que 727 das 5.827 pontes administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, estão em condições críticas ou ruins. Dessas, 130 são classificadas como “críticas”, a pior avaliação possível.


A ponte que colapsou estava classificada na categoria “ruim”, a segunda pior na escala do Dnit. A classificação “ruim” indica problemas estruturais que demandam atenção imediata, como danos no concreto, fissuras, desgaste em juntas de dilatação e falhas em fundações ou pilares.

 

Fora de rumo

 

São comuns nessas estruturas o aparecimento de vergalhões que sofrem oxidação pela exposição às intempéries, perda da massa de concreto dos pilares e excessiva dilatação das juntas, tudo que envolvia a ponte no Tocantins-Maranhão havia tempo.

 

Uma das críticas direcionadas ao descaso do governo nestes momentos atinge exatamente o Dnit, órgão que, dizem, perdeu sua função ao longo do caminho em que enveredou nos últimos anos: deixou de ser dirigido por serviços técnicos de carreira com expertise e se transformou em um balcão de negócios, com a nomeação de dirigentes políticos.

 


 

Papo Reto

 

· Até a virada do ano, não se fala em outra coisa em meio aos cafezinhos servidos em abundância na Casa Civil do governo do Estado: a reforma do secretariado.

 

· Janeiro deve refletir os resultados das últimas eleições municipais, determinantes para a substituição de auxiliares do governador Helder Barbalho na Sedap, Iterpa e Adepará.

 

· Devem deixar a titularidade das pastas Giovanni Queiroz, Bruno Kono e Jamir Paraguassu, mas o detalhe seria outro: especula-se o nome do ex-prefeito, ex-deputado e “ex-República de Ananindeua” Manoel Pioneiro (foto) para a Sedap. 

 

· Moradores do Conjunto Satélite tiveram mais um Natal sem água nas torneiras. Desta vez porque, de novo, o funcionário responsável por monitorar a bomba que abastece a região desligou o sistema.


 · Detalhe: todo Natal e Ano Novo a criatura abandona o posto para passar as festas com a família, só retornando dois dias depois.

 

· O Jornal Nacional-Rede Globo mostrou a nefasta ação dos chamados "arrastadores" de passageiros.

 

·  Disfarçados de profissionais de aplicativo, eles abordam livremente quem chega de viagem, dentro e nas imediações do terminal rodoviário do Tietê, oferecendo transporte rápido ao destino.

 

· O fato, diz a reportagem, tem rendido um número incomum boletins policiais por conta das cobranças abusivas, sob ameaça de violência física a quem ousa questionar o valor do pagamento.

 

· Pelo menos nisso, parece que o Pará fez história, "exportanto" a prática ilegal que, aqui, perdura há mais de uma década no Terminal de Belém, Ananindeua, Castanhal e no interior.

 

·  Não tem quem consiga remover da cabeça de deputados e senadores a certeza de que a suspensão do pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão pelo ministro Flávio Dino não passa de “armação” superior.


· O que os parlamentares estão chamando de "descarado estelionato político do presidente" chafurdou intestinos em Brasília e promete muito barulho.

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