Multa pelo descumprimento da ação é de até R$ 500 mil
São Paulo, 14 - O Ministério Público Federal (MPF) apresentou, na
segunda-feira, 12, uma manifestação à Justiça Federal pedindo que os
perfis do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), nas redes sociais
sejam bloqueados. A solicitação reitera um pedido da Defensoria Pública
da União (DPU) e tem como base o não cumprimento de uma ordem judicial. A
multa pelo descumprimento desta ação é de até R$ 500 mil.
"Em 25 de abril de 2025, a DPU informou ao juízo o descumprimento da
decisão judicial por parte do Estado do Pará e do governador, por
ausência de manifestação quanto à inserção do vídeo do direito de
resposta", consta na ação civil pública.
A origem do caso remonta à ocupação da sede da Secretaria de Estado de
Educação do Pará (Seduc), entre 14 de janeiro e 14 de fevereiro, por
lideranças indígenas, quilombolas, representantes de outros povos e
comunidades tradicionais.
O protesto tinha como objetivo barrar o que as lideranças entendiam como
retrocessos no acesso à educação pública no Estado, representados pela
lei estadual nº 10.820/24. Segundo o MPF, a manifestação foi encerrada
tão logo ficou acordada a revogação da lei.
Contudo, declarações do governador em vídeos publicados nas redes
sociais, classificando o movimento como motivado por "desinformação e
fake news", levaram a DPU e o MPF a acionarem a Justiça. As instituições
solicitaram a remoção dos conteúdos e a concessão de espaço para que os
povos indígenas se manifestassem
Atendendo aos pedidos do MPF e da DPU, a Justiça Federal determinou, em
fevereiro, que as postagens fossem retiradas do ar e que fosse
assegurado o direito de resposta às comunidades, por meio da publicação
de um vídeo nas redes de Helder Barbalho.
A decisão previa multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento,
limitada a R$ 500 mil tanto para o governador quanto para o estado do
Pará. Em março, nova decisão estipulou o prazo de dez dias para que o
vídeo permanecesse disponível nos perfis oficiais.
Entretanto, conforme relatado pela DPU em abril, o vídeo com o direito
de resposta não foi publicado dentro do prazo determinado pela Justiça,
caracterizando descumprimento da sentença.
Diante disso, o MPF solicitou a execução das multas estabelecidas, com
destinação dos valores às comunidades indígenas impactadas. O órgão
também pediu o bloqueio imediato das redes sociais do governador até que
o conteúdo exigido pela Justiça seja devidamente publicado.
Procurado pelo Estadão, o governador afirmou, em nota, que o processo "está sendo tratado na Justiça" e que "aguarda a devida decisão".
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Reprodução
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
ALina Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.
Rlex Kelian
19 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip commodo.
Roboto Alex
21 de Maio de 2018 ResponderLorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat.