Operação Guaicuru

Exploração de dendê causou conflito em Tomé-Açu, diz PF

Órgão segue apurando conflitos entre comunidades originárias na região

31/01/2024 14:39
Exploração de dendê causou conflito em Tomé-Açu, diz PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou, durante a semana, a Operação Guaicuru, que resultou na prisão de duas lideranças indígenas na segunda-feira, 29, em Belém e no município de Mãe do Rio. Marquês Tembé e Paratê Tembé são investigados como responsáveis por conflitos recentes entre povos tradicionais ocorridos no município de Tomé-Açu. O processo apura crimes de tentativa de homicídio, associação criminosa, milícia privada, posse ilegal de arma de fogo, dentre outros. E hoje, o órgão deu mais um esclarecimento sobre o caso, afirmando que a exploração de dendê seria a causa de todo o conflito.

“Eles ingressam em áreas não indígenas, reivindicando como território indígena, e essas áreas têm em sua maioria plantação de dendê. Essa atuação desses grupos, nessas invasões a plantações de dendê, ocorre há pelo menos dois anos”, afirmou o delegado da PF, Vinícius Lima, que completou: “Em relação aos conflitos, nós identificamos que tanto Marquês quanto Paratê são os maiores motivadores contra a comunidade indígena e o povo quilombola da região”.

As investigações irão continuar, já que a operação visa restabelecer a ordem pública na região de Tomé-Açu, sobretudo em relação aos conflitos que envolvem as comunidades tradicionais, e, segundo a comunidade, os líderes foram presos, mas a atuação de grupos criminosos na região continua. 

Paratê e Marquês estão sob custódia da Justiça paraense, mesmo tendo sido as prisões realizadas pelas polícias Federal e Rodoviária Federal e as investigações correrem na Justiça Federal. De acordo com informações mais recentes, ambos estão na Central de Custódia Provisória da Marambaia, anexo à Seccional da Marambaia, no bairro homônimo, em Belém.

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