Comparação tem base em informações do censo do IBGE e da ONU e remete à pergunta sobre o que explicaria a situação.
saneamento básico no Pará se assemelha ao da República Dominicana no Caribe; Guiana, América do Sul; Malawi, África Oriental; e Vietnã, na Ásia. A comparação é resultado de um cruzamento de dados entre as informações do censo realizado pelo IBGE e da ONU, a Organização das Nações Unidas, feito pelo jornal “Folha de S. Paulo”.
Para comparar a situação dos Estados brasileiros com outros países, o cruzamento
utilizou dados do Programa Conjunto de Monitoramento do Abastecimento de Água,
Saneamento e Higiene da OMS (Organização Mundial de Saúde) e
do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Triste, no entanto, é ver o Pará comparado a países onde a falta de saneamento
é seguida de recursos parcos em muitos outros setores, sobretudo na garantia da
ordem, na saúde e nos direitos básicos. Não que seja a situação do Estado,
claro, mas o Malawi, por exemplo, ocupa a quarta posição no ranking dos países
mais pobres do mundo, o que, em vários aspectos, justifica a falta de
investimento no setor.
No Vietnã, o acesso à água potável e às condições de saneamento têm melhorado
graças a projetos alternativos, que tanto tratam a água da chuva quanto
utilizam elementos da própria floresta na construção de latrinas alternativas,
como os banheiros feitos com bambu, em vilarejos mais pobres - soluções que
poderiam ser adaptadas para regiões mais distantes dos centros urbanos
paraenses, como as comunidades ribeirinhas do Marajó.
Dos três municípios paraenses incluídos no ranking com pior saneamento entre as
cidades mais populosas do Brasil, Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém,
lidera a lista, ocupando a posição de número 91. Em seguida vêm Belém (94º) e
Santarém (99º). O levantamento foi feito pelo Instituto Trata Brasil, com
informações do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.
A pesquisa leva em consideração fatores como abastecimento de água, esgotamento
sanitário, manejo de resíduos sólidos urbanos, drenagem e manejo de águas
pluviais. De acordo com o Trata Brasil, Ananindeua está entre as cidades que
menos investem em serviços de saneamento, com apenas R$ 55,46 por habitante,
valor bem abaixo da média nacional, que é de R$ 82 por habitante.
Estudo recente do Instituto Trata Brasil, com dados do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento de 2022 do Ministério das Cidades, aponta que
apenas 40 das 100 maiores cidades do Brasil têm mais de 90% da população com
coleta e tratamento de esgoto.
O levantamento considerou como esgotamento adequado o critério utilizado pelo
próprio IBGE com base no Plano Nacional de Saneamento Básico,
que inclui duas categorias: população em domicílios particulares com acesso à
rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede; e fossa séptica ou fossa
filtro não ligada à rede.
Dos dez Estados com melhor
esgotamento do País estão todos os da região Sudeste - SP, RJ, MG e ES -, todos
do Sul - SC, RS e PR - e três do Centro-Oeste - DF, GO e MS. Entre os dez
piores, seis estão na Região Norte - RO, PA, AC, AM, AP e TO -, três no Nordeste
- MA, PI e AL - e um no Centro-Oeste - MT. No Norte, menos da metade da
população vive em condições consideradas adequadas de esgotamento sanitário:
46,4%.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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