A frase foi dita por Eliezer Batista na década de 70 ao lançar o projeto Carajás. Talvez seja a que mais exemplifique sua paixão pelo trabalho e seu legado para a Vale. Este engenheiro pioneiro, que conectou a Vale ao mundo, nos ensinou a sonhar grande.
E neste mês em que é celebrado seu centenário de nascimento, gostaria de compartilhar algumas lições deste líder inspirador que carrego em minha jornada.
Foi nos anos 1960 que o visionário Dr. Eliezer lançou as bases da Vale moderna ao criar o inédito modelo integrado mina-ferrovia-porto para alcançar novos mercados. Era preciso um porto que recebesse grandes navios, com mais de 150 mil toneladas de capacidade, que sequer existiam na época.
Dr. Eliezer venceu a resistência dos céticos e se associou aos japoneses, num negócio que poucos são capazes de empreender. Juntos, construíram Tubarão (ES), hoje o segundo maior porto de exportação de minério de ferro do Brasil.
Ele nos mostrou a importância da obstinação. Foi o primeiro funcionário de carreira a assumir o comando da Vale e a colocou entre as maiores mineradoras do mercado. Em sua trajetória, dizia que nunca deixou de aprender para crescer.
Também reforçava que a colaboração era valor inegociável e que não fazia nada sozinho. Para ele, era essencial saber criar equipes, trabalhar de forma colaborativa e, sobretudo, dividir os méritos das conquistas com elas.
Suas lições também me inspiraram a perseverar diante do desafio que foi assumir a presidência da Vale em 2019, iniciando uma transformação cultural para torná-la uma empresa mais segura e confiável.
Recentemente, na mesma unidade de Tubarão, foi inevitável me lembrar dele quando inauguramos a primeira usina de briquete de ferro do mundo (saiba mais neste post: https://lnkd.in/df2_dcqA).
Para ir além do possível, como Dr. Eliezer dizia, é preciso marchar na direção do impossível. E eu seguirei marchando e mantendo vivo esse grande exemplo de gestor.
Foto: Divulgação
*Eduardo Bartolomeu é presidente da Vale