No dia e hora em que seria votado o embargo de declaração apresentado pelo procurador Hezedequias Mesquita da Costa cobrando explicações sobre o voto-vista do desembargador Alex Pinheiro Centeno sobre o escandaloso caso do ex-deputado Luiz Sefer, o desembargador mudou completamente seu entendimento sobre a tese que ele mesmo havia levantado para garantir com os pares a nulidade processual na instância do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA).
Depois de adiar a sessão do pleno de hoje para data ainda indeterminada, Centeno agora votou de forma isolada afirmando que o TJ do Pará não tem competência para avaliar o caso na atual fase processual.
A mudança de postura de Centeno ao voltar atrás causa nova reviravolta ao caso que já está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) , que investiga em Belém a decisão que contrariou a última instância do judiciário, uma vez que o Superior Tribunal de Justiça já havia mantido em 2018 por unanimidade a condenação de Sefer a 21 anos de prisão por estupro recorrente de uma criança que à época tinha apenas 9 anos.
Agora resta saber como o recuo do desembargador Alex Centeno se refletirá na posição do CNJ, que está com uma equipe de 23 pessoas em Belém na apuração do caso e deve se manifestar nesta quinta-feira, 13.
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