A Câmara dos Deputados aprovou na
terça-feira, 9, o Projeto de Lei Complementar nº 233/2023, de autoria do Poder
Executivo, que recria o seguro para vítimas de acidentes de trânsito, o DPVAT,
que passará a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de
Acidentes de Trânsito (SPVAT).
A gestão do fundo das indenizações e os prêmios continuará sendo administrado
pela Caixa Econômica Federal, que assumiu a tarefa em 2021 depois da dissolução
do consórcio de seguradoras privadas, que administrava o seguro.
O DPVAT havia sido extinto em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).
A proposta foi aprovada na forma de substitutivo do relator, o deputado Carlos
Zarattini (PT).
Além de retomar o pagamento de despesas médicas da vítima dos acidentes com
veículos, a medida prevê o direcionamento de até 40% do valor arrecadado para
cidades e Estados, que possuem o serviço municipal ou metropolitano de
transporte público coletivo.
O SPVAT prevê indenizações por morte e invalidez permanente (total ou parcial),
além de reembolso de despesas com serviços funerários; reabilitação de vítimas
de acidentes; e assistência médica, incluindo fisioterapia; medicamentos;
equipamentos ortopédicos, próteses e outras medidas terapêuticas, desde que não
estejam disponíveis pelo SUS no município de residência da vítima.
De acordo com a proposta, os valores das indenizações serão estabelecidos pelo
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
Desde 2021, a Caixa operava o seguro de forma emergencial, após o fim do
consórcio de seguradoras privadas que era responsável pelo fundo antes.
Os recursos arrecadados até a extinção do DPVAT foram suficientes para pagar
indenizações e reembolsos até novembro de 2023.
Desde então, os pagamentos estão suspensos.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Agência Pará