São Paulo, 16 - Jatos israelenses
atingiram os subúrbios do sul de Beirute nesta quarta-feira, 16, pela primeira
vez em seis dias, informou a mídia estatal libanesa. Pelo menos cinco pessoas
morreram após o ataque, incluindo prefeito de Nabatieh, Ahmad Kahil.
Uma hora antes do ataque o exército israelense havia emitido uma ordem de
esvaziamento para a região. "Vocês estão localizados perto de instalações
e interesses afiliados ao Hezbollah, contra os quais as IDF (Forças de Defesa
de Israel) agirão num futuro próximo", escreveu o porta-voz militar
israelense, Avichay Adraee, em árabe na rede social X, antigo Twitter, em uma
mensagem aos residentes de Haret Hreik.
Israel diz estar atacando ativos do Hezbollah nos subúrbios, onde o grupo tem
uma forte presença. Ocorre que a região também é uma área residencial e
comercial movimentada.
O líder interino do Hezbollah, Sheikh Naim Kassem, declarou na terça-feira, 15,
que o grupo aumentará os ataques a Israel em resposta a um ataque aéreo
israelense na segunda-feira em um prédio de apartamentos no norte do Líbano que
matou pelo menos 22 pessoas. Israel disse que atingiu um alvo pertencente ao
Hezbollah, mas as Nações Unidas pediram na terça-feira uma investigação
independente.
Por sua vez, Israel intensificou a campanha contra o Hezbollah nas últimas
semanas, após um ano de trocas quase diárias de tiros na fronteira.
Há mais de um ano que militantes liderados pelo Hamas abriram buracos na cerca
de segurança de Israel e invadiram, matando cerca de 1.200 pessoas, a maioria
civis, e sequestrando outras 250. A ofensiva de Israel em Gaza matou mais de 42
mil palestinos, de acordo com autoridades de saúde locais, que não distinguem
combatentes de civis. A guerra destruiu grandes áreas de Gaza e deslocou cerca
de 90% da população de 2,3 milhões de pessoas.
O governo dos Estados Unidos alertou Israel de que o país deve aumentar a
quantidade de ajuda humanitária permitida na Faixa de Gaza nos próximos 30 dias
ou corre o risco de perder o acesso ao financiamento americano para armas.
Fonte: Estadão conteúdo/ agências internacionais
Foto: Reprodução