Pará é o quarto estado em números absolutos
O Brasil possui 1,32 milhão de quilombolas, mas
apenas 12,6% deles vivem em territórios oficialmente reconhecidos. Além disso,
mais da metade da população quilombola - que representa 0,65% do total de
brasileiros - reside em apenas dois Estados, Bahia e Maranhão. Os dados constam
de estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a
partir do Censo Demográfico 2022.
De acordo com o levantamento, praticamente sete de cada dez pessoas quilombolas
(68,19%) vivem na região Nordeste do País. Das 1.327.802 contabilizadas pelo
censo, 905.415 residem naquela região.
Além da Bahia e do Maranhão, o Estado de Pernambuco também aparece com boa
parte do contingente, em quinto lugar. Minas Gerais (3º) e Pará (4º) completam
a lista dos cinco primeiros. Considerando todas as unidades da federação, a
população quilombola só não está presente em apenas duas delas, Acre e Roraima.
Foi a primeira vez na história que o censo brasileiro procurou identificar os
quilombolas do País. Lideranças desse grupo de todo o Brasil ajudaram no
levantamento. O critério utilizado pelo IBGE para definir se o entrevistado era
quilombola e qual o nome do local onde vivia foi o da autodeclaração, com
perguntas como "você se considera quilombola?" e "qual o nome da
sua comunidade?".
A autoidentificação para determinar o pertencimento étnico e identitário de
povos e comunidades consta de convenção da Organização Internacional do Trabalho
(OIT).
População quilombola por Estado brasileiro
Bahia - 397.059;
Maranhão - 269.074;
Minas Gerais - 135.310;
Pará - 135.033;
Pernambuco - 78.827;
Alagoas - 37.722;
Piauí - 31.686;
Goiás - 30.387;
Sergipe - 28.124;
Ceará - 23.955;
Rio Grande do Norte - 22.384;
Rio de Janeiro - 20.344;
Rio Grande do Sul - 17.496;
Paraíba - 16.584;
Espírito Santo - 15.652;
Tocantins - 12.881;
Amapá - 12.524;
Mato Grosso - 11.719;
São Paulo - 10.999;
Paraná - 7.113;
Santa Catarina - 4.447;
Rondônia - 2.926;
Amazonas - 2.705;
Mato Grosso do Sul - 2.546;
Distrito Federal - 305;
Acre - 0;
Roraima - 0.
Maioria dos quilombolas vive fora de áreas delimitadas
O levantamento do IBGE apontou também que o Brasil possui 494 Territórios
Quilombolas oficialmente delimitados, que estão distribuídos por 24 Estados e
no Distrito Federal - Acre e Roraima são os dois que não possuem áreas
delimitadas.
Apesar disso, apenas 167.202 quilombolas residem nos territórios delimitados, o
que representa 12,6% dos recenseados. Entre esses territórios, o de Alcântara,
no Maranhão, concentra a maior população quilombola residente (9.344), seguido
por Alto Itacuruçá, Baixo Itacuruçá, Bom Remédio, no Pará (5.638) e Lagoas, no
Piauí (5.042).
Por outro lado, em alguns Estados a presença de não quilombolas residentes nas
áreas oficialmente delimitadas para eles é bastante alta. O índice é de 51,58%
(3.108 pessoas) na Paraíba, de 45,09% (2.288) no Espírito Santo e de 41,99%
(1.888) no Rio Grande do Sul.
O estudo do IBGE também apontou que pessoas quilombolas estão presentes em
1.696 dos 5.568 municípios brasileiros. Dos 72,4 milhões domicílios
particulares permanentes e ocupados apontados no último censo, há quilombolas
em 473.970 deles, o que representa 0,65% do total - mesmo percentual
considerando o total da população brasileira.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Divulgação/Agência Minas e Energia
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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