Artigo: Os 7 maiores escândalos e polêmicas na história do Oscar

Na esteira das polêmicas em torno da atriz Karla Sofia Gascon, o jornalista José Inácio Pilar, do portal O Antagonista, relembrou 7 das mais emblemáticas controvérsias e escândalos da premiação.

José Inácio Pilar

10/02/2025, 15:16
Artigo: Os 7 maiores escândalos e polêmicas na história do Oscar

São Paulo, SP - Na esteira da polêmica em torno da atriz indicada ao Oscar, Karla Sofia Gascon, que se envolveu em polêmicas pouco antes da edição desse ano, quando vieram a público várias mensagens xenófobas e preconceituosas de sua autoria nas redes sociais, com críticas inclusive à própria premiação, vamos lembrar 7 das mais emblemáticas polêmicas e controvérsias da premiação: 


O empate histórico de Melhor Atriz em 1969. Barbra Streisand e Katharine Hepburn dividiram o prêmio de Melhor Atriz, um dos empates mais famosos da história do Oscar. Hepburn era uma veterana consagrada, enquanto Streisand estava apenas começando sua carreira cinematográfica. O resultado gerou debates sobre a divisão do prêmio entre uma estrela emergente e uma lenda do cinema. Até que foi uma polêmica light.


Mas em 1973 Marlon Brando venceu como Melhor Ator por O Poderoso Chefão, mas recusou o prêmio em protesto contra o tratamento dos nativos americanos na indústria do entretenimento. Em seu lugar, a ativista Sacheen Littlefeather subiu ao palco para discursar e foi vaiada por parte do público. Décadas depois, a Academia se desculpou pelo tratamento recebido por ela.


Em 1974 o escândalo foi mais gráfico, mas até divertido, quando o discurso do ator David Niven antes da premiação principal, de melhor filme do ano, foi interrompido por um homem de 33 anos, Robert Opal, que correu completamente nu pelo palco fazendo o sinal de paz com os dedos, desconcertando o ator, que ironizou dizendo: “Não é fascinante pensar que provavelmente a única risada que esse homem terá na vida foi tirando a roupa e mostrando suas carências?”


Já em 1980 Francis Ford Coppola ignorado, mesmo dirigindo Apocalypse Now, um dos filmes mais icônicos da história, Coppola perdeu o Oscar de Melhor Diretor para Robert Benton, de Kramer vs. Kramer. A maioria do público considerou a derrota injusta, dado o impacto duradouro do épico de guerra de Coppola e a Academia foi muito criticada.


A ausência de artistas negros entre os indicados em 2015, quando claramente havia produções qualificadas para isso, levou à criação do movimento #OscarsSoWhite, denunciando o racismo sistêmico na premiação. O protesto ganhou força no ano seguinte e impulsionou mudanças na composição dos membros da Academia para promover maior diversidade.


Já a cerimônia de 2017 ficou marcada pelo momento em que La La Land foi anunciado como Melhor Filme por engano pela atriz Faye Dunaway. Só depois do elenco e da equipe do filme já estarem no palco é que a confusão foi corrigida, e o verdadeiro vencedor, Moonlight, foi revelado, pelo próprio diretor do filme “errado”. O episódio entrou para a história como um dos maiores vexames do Oscar.


Por fim, claro que o tapão de Will Smith em Chris Rock em 2022 não ia ficar de fora. O tabefe ao vivo e no palco, aconteceu depois do comediante fazer uma piada sobre Jada Pinkett Smith, mulher de Will. Inicialmente o ator até riu da piada, mas quando percebeu que a esposa não gostou, fechou a cara e subiu no palco para desferir o golpe. O episódio chocou o mundo e resultou na renúncia de Smith à Academia, em um pedido público de desculpas e o um tempinho na gaveta para os novos projetos de filmes do ator. 


E esse ano, será que teremos algum novo escândalo ou polêmica no ar, ou 2025 será a data em que, finalmente, teremos o primeiro Oscar para um filme e uma atriz do Brasil? Já faça sa suas apostas, faltam poucas semanas para a cerimônia!


Foto: Divulgação



*José Inácio Pilar é advogado e apresentador do programa Café Antagonista. Também assina colunas sobre automobilismo e entretenimento.

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