Gestor nomeado pelo prefeito é parente direto de Fabíola Cabral e acumula denúncias sobre diárias, aluguel suspeito e inatividade do órgão.
esde que começou a “dinastia emedebista” no Pará, em 2019, tornou-se comum a presença de quadros de fora do Estado em cargos estratégicos da administração pública. O fenômeno - que já passou pelas secretarias de Saúde e Educação do governo do Estado - agora se repete na Prefeitura de Belém, sob o comando do prefeito Igor Normando.

A nomeação do primo para um cargo de direção no mesmo núcleo de poder levanta suspeita de nepotismo, prática vedada pela Constituição Federal e pela Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal. A regra é clara: cônjuges, companheiros ou parentes até o terceiro grau não podem ser nomeados para cargos de confiança quando houver influência direta da autoridade nomeante.
No caso de Belém, a linha de parentesco entre Fabíola e Fillipe e a posição de confiança do ouvidor-geral deixam pouca margem para dúvida - ao menos do ponto de vista ético.
Uma denúncia encaminhada à Coluna Olavo Dutra aponta que o ouvidor também se tornou frequentador assíduo de viagens oficiais. Em setembro, recebeu três diárias, totalizando R$ 2.552,13, para compromissos em Brasília. Em outubro, mais quatro diárias, no valor de R$ 3.402,84, para São Paulo.
Foram quase R$ 6 mil em dois meses, mas, segundo a fonte, não há comprovação pública de que as viagens tenham sido realizadas ou de que geraram relatórios de resultado, como determina a legislação.
A dúvida é se as diárias foram autorizadas por Igor Normando ou pela própria Fabíola, que mantém laços familiares e políticos com o primo pernambucano.
Outro ponto nebuloso diz respeito ao aluguel de um imóvel em São Brás, contratado para sediar a Ouvidoria Geral do Município a partir de 1º de julho de 2025. No papel, tudo parece regular. Na prática, há uma contradição: a Ouvidoria já funciona há tempos no Solar Flávio Nassar, na Cidade Velha, ao lado da igreja da Sé. A pergunta inevitável é - para que novo prédio, se o órgão já tem sede e estrutura próprias?
O contrato de locação, firmado com Estela Pinheiro do Nascimento, prevê pagamentos mensais de R$ 53,6 mil, aditivos e suplementações orçamentárias. O imóvel consta na travessa Nina Ribeiro, bairro de São Brás, e aparece como mais uma despesa sem justificativa operacional.
O relatório do primeiro trimestre de 2025 da Ouvidoria de Belém tem apenas três páginas - e nenhuma denúncia registrada. Segundo o próprio documento, o vazio se deve a um “processo de transição administrativa”, com “revisão de fluxos, redistribuição de equipes e ajustes operacionais”. Tradução: durante três meses, o órgão não funcionou, mas a folha de pagamento foi religiosamente cumprida.
Enquanto isso, a Ouvidoria - que deveria receber e encaminhar reclamações sobre a prefeitura - virou, ela própria, motivo de queixa.
Fillipe Cabral já havia ocupado cargos administrativos na Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho, terra natal dos Cabral, antes de se estabelecer em Belém. A prática do “nepotismo de estimação” vem de longe - e encontrou terreno fértil na gestão de Igor Normando.
O prefeito, por seu turno, não é novato em casos do gênero. Em 2019, quando ainda era deputado estadual, ficou com a cota de indicações políticas da Fundação Cultural do Pará e teria nomeado uma então namorada para um cargo de chefia. Outro nomeado à época foi o irmão Renan Normando, hoje vereador e empresário noturno conhecido por barulho além da conta na travessa Benjamin Constant.
O cenário na Prefeitura de Belém é um paradoxo: enquanto fala em “nova política” e “gestão moderna”, o poder continua circulando entre os mesmos sobrenomes - agora com sotaque pernambucano - prova de que nepotismo não é exceção. É apenas parentesco administrativo travestido de gestão pública.

•A ausência de representantes dos EUA na COP, em Belém, por decisão do próprio Trump (foto) - que nos temas energia, comércio e clima tem priorizado discussões "olho no olho", ao invés de acordos multilaterais -, não preocupa os organizadores do evento, diz uma fonte ligada à ONU.
•Por falar nas Nações Unidas, o Brasil tornou-se signatário da convenção de combate a crimes cibernéticos.
•Vandalismo ou demarcação de território? Em Mocajuba, de um dia para o outro centenas de postes de iluminação pública amanheceram pichados com as iniciais CV.
•Regulamentar a cadeia produtiva das drogas, garantindo, inclusive, direitos aos "trabalhadores" virou bandeira de luta da vereadora Karen Santos, do Psol de Porto Alegre.
•A pauta já espraia debates por outros municípios brasileiros.
•Que tipo de pressão ou cobrança estaria por trás da polêmica decisão do presidente Lula de criminalizar pessoas e relativizar a culpa dos traficantes, mesmo sabendo da repercussão negativa que isso traria para a sua imagem?
•A delação premiada de ex-auditor que, sozinho, teria recebido R$1 bilhão em propinas, pode abalar os alicerces da política não só em São Paulo.
•O depoimento já reúne mais de 30 anexos, cada qual detalhando os procedimentos tributários ilegais, nomes de outros auditores fiscais e empresários beneficiados pelas fraudes.
•A falta de preparo médico e até mesmo o estigma atrapalham o diagnóstico e os cuidados de pessoas com demência no Brasil, que se apresenta como uma das principais causas de incapacidade no mundo e que deve explodir nas próximas décadas.
•A aprovação do governador Cláudio Castro, no Rio, chega ao maior patamar de aprovação em três anos, depois da megaoperação de combate ao crime em morros cariocas.
•Alegando cerceamento de defesa e falta de "previsão regimental", a CNBB pediu ao STF a nulidade de votos a favor de descriminalização do aborto.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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