Estado concentra 20 dos municípios com piores índices do Brasil; Belém melhora, mas desigualdades são evidentes.
Pará voltou a figurar na última posição entre os Estados brasileiros no Índice de Progresso Social 2025, divulgado no fim de julho. O levantamento mede a qualidade de vida da população a partir de três dimensões - necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades -, reunindo indicadores que vão de saneamento e inclusão social.
Apesar de uma leve melhora na pontuação geral - de 53,20 em 2024 para 53,71 este ano -, o Estado continua ocupando a 27ª posição entre as unidades da federação. O resultado revela a dificuldade histórica de transformar indicadores sociais em avanços concretos para a população.
O Pará também concentra o maior número de municípios entre os piores avaliados. No recorte de cidades com até 5 mil habitantes, Bannach lidera a lista nacional negativa, com apenas 40,99 pontos. Em municípios entre 20 mil e 100 mil moradores, Jacareacanga aparece em primeiro lugar, seguido de Pacajá, Portel, São Félix do Xingu e Anapu.
Na faixa de 100 mil a 500 mil habitantes, oito das dez piores notas são paraenses, incluindo Altamira, Marabá, Castanhal e Abaetetuba. Já entre as cidades acima de 500 mil habitantes, Ananindeua tem o pior desempenho do Brasil, com 56,19 pontos. Nenhum município do Pará figura entre os melhores índices.
A capital apresentou avanço modesto: subiu da 24ª para a 22ª posição entre as capitais brasileiras, registrando 62,51 pontos. Os melhores indicadores de Belém estão em Moradia (84,3 pontos) e Água e Saneamento (74,73). Também se destacam os acessos à Educação Superior (73,17) e à Informação e Comunicação (72,31).
Por outro lado, a cidade tem desempenho crítico em Direitos Individuais (28,21) e Inclusão Social (45,54). O relatório aponta como gargalos o aumento da população em situação de rua e os altos índices de violência contra mulheres.
Enquanto o Distrito Federal, São Paulo e Santa Catarina lideram o ranking nacional, os Estados da Amazônia Legal concentram os piores resultados. Em comparação internacional, o Brasil aparece apenas na 55ª posição entre 170 países, bem abaixo de vizinhos como Chile e Uruguai.
Para o sociólogo Raimundo Batista, os números confirmam desigualdades profundas: “O Pará repete um padrão histórico de exclusão social. Melhorias pontuais em Belém não mudam a realidade estrutural de centenas de municípios com infraestrutura precária e baixa escolaridade.”
Já a líder comunitária Maria das Graças Silva, de Marabá, lembra que os índices refletem o cotidiano: “Falta saneamento, segurança e oportunidades de trabalho. Enquanto as notas crescem décimos, a vida da população continua travada.”
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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