Hidrovias do Tocantins e Tapajós devem entrar no plano de desestatização previsto pelo governo Lula.
Decreto nº 12.600, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 28 de agosto de 2025, incluiu três importantes hidrovias federais no Programa Nacional de Desestatização (PND). Entre elas, duas têm impacto direto no Pará: a Hidrovia do Rio Tocantins e a Hidrovia do Rio Tapajós. A decisão recoloca o estado como eixo estratégico da logística nacional, mas também expõe velhos dilemas de governança, impactos socioambientais e desigualdade regional.
Hidrovia do Tocantins - ligando Belém a Peixe, no Estado do Tocantins, com 1.731 km, é vista como alternativa para baratear o transporte de grãos até os portos paraenses. O gargalo continua sendo o Pedral do Lourenço, em Marabá, obra paralisada por questões ambientais e judiciais; Hidrovia do Tapajós - com 250 km entre Itaituba e Santarém, conecta a produção agrícola do oeste do Pará e do Mato Grosso aos terminais portuários de grãos. Hoje funciona de forma precária, com barcaças que enfrentam riscos de navegação, falta de sinalização e fiscalização insuficiente.
As duas rotas colocam o Pará no centro da expansão do chamado Arco Norte, alternativa ao escoamento de commodities tradicionalmente dominado por portos do sudeste.
O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) defendem que as concessões podem: reduzir custos logísticos em até 40%; descongestionar rodovias e reduzir emissões de CO₂; e fortalecer a competitividade dos portos do Pará frente a rotas tradicionais. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, “o Pará será protagonista no novo ciclo de modernização da logística nacional”.
O Tocantins depende da explosão de rochas no Pedral do Lourenço, com risco para ecossistemas aquáticos. E mais: comunidades tradicionais - ribeirinhos e povos indígenas no Tapajós temem conflitos territoriais e prejuízos às formas de subsistência; transparência e controle social - até agora, não há garantias sobre tarifas, contrapartidas ou fiscalização independente dos contratos; concentração de ganhos - grandes tradings de grãos devem ser as maiores beneficiadas, sem retorno proporcional às populações locais.
Atualmente, o Pará já responde por mais de 30% da exportação de grãos pelo Arco Norte. Com as concessões, os portos de Belém, Vila do Conde, Santarém e Barcarena devem receber volume crescente, mas especialistas alertam que, sem políticas sociais e ambientais firmes, o Estado corre risco de se tornar apenas corredor de exportação, reproduzindo desigualdades históricas.
A inclusão das hidrovias Tocantins e Tapajós no PND pode reposicionar o Pará no mapa logístico do Brasil, mas, se o projeto avançar sem transparência e sem contrapartidas sociais, o Estado corre o risco de ver o cavalo passar selado, suas riquezas não devem representar em desenvolvimento.
No português claro: o Pará corre o risco de ser atravessado pelas mercadorias do mundo sem que sua população atravesse a linha da pobreza.
•Bancos brasileiros receberam, na última terça-feira, 2, uma carta do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos com questionamentos sobre a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes (foto).
•O comunicado do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que pertence ao Tesouro americano, pergunta quais ações foram ou estão sendo tomadas pelas instituições para cumprir a sanção aplicada ao ministro do STF.
• A suposta fraude processual contra empresários de direita denunciada por Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, abalou as estruturas do ministro, hoje, dizem, mantido à base de medicamentos.
•Elon Musk afirmou que o Grok, chatbot movido a inteligência artificial desenvolvido por sua empresa xAI, deveria ser "politicamente neutro" e "buscador máximo da verdade”.
•Mas, na prática, o milionário e sua empresa ajustaram a ferramenta para que suas respostas sejam mais conservadoras em muitas questões, segundo uma análise de milhares de respostas feita pelo “The New York Times”.
•Fabricantes chineses de robôs estão impulsionando uma onda de automação de baixo custo que permite às fábricas locais produzir mais mercadorias a preços menores, ampliando a fatia do país nas exportações globais - inclusive em produtos intensivos em mão de obra.
•O plano "Made in China 2025", de Xi Jinping, e outras iniciativas governamentais, vêm estimulando o fortalecimento dos fabricantes nacionais de robôs, além de ampliar investimentos e crédito para a indústria. Vai faltar vaga e sobrar trabalhador já, já.
•Enquanto os setores de serviços e da indústria cresceram 2% e 1,7%, respectivamente, e o País só 2,5% no primeiro semestre de 2025, o agro brasileiro registrou 10% de crescimento em relação ao mesmo intervalo de 2024, diz o IBGE.
•Projeto orienta cirurgias cardíacas infantis em tempo real no SUS, com médicos do Hospital do Coração de São Paulo participando de operações em Fortaleza, Manaus e Recife.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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