Comissão do Senado aprova projeto que obriga sites a bloquear pornografia infantil Pará volta a figurar na última posição em ranking nacional de progresso social Igrejas se unem para hospedar visitantes da COP em Belém diante de preços abusivos

Órgãos de saúde do estado alertam para surto de meningite

Vacina pode prevenir algumas variações da doença

  • 1050 Visualizações
  • 17/02/2024, 09:10
Órgãos de saúde do estado alertam para surto de meningite

A secretaria de estado de saúde através da divisão de vigilância epidemiologia lançou no inicio desse mês um alerta relacionado a um possível surto de meningite na região metropolitana de Belém. O documento pede para que profissionais de saúde fiquem alertas para os sintomas da doença que atinge principalmente crianças menores de cinco anos.

 

O tratamento das meningites bacterianas tem de ser introduzido sem perda de tempo, porque a doença pode ser letal ou deixar sequelas, como surdez, dificuldade de aprendizagem, comprometimento cerebral. Ele é feito com antibióticos aplicados na veia.

 

O alerta chama a atenção para o número de casos registrados até a data da assinatura eletrônica do documento, 09 de fevereiro de 2024. Foram cinco notificações, 13 casos suspeitos, sendo nove confirmados; quatro aguardavam confirmação laboratorial. Nesse mesmo período dois óbitos foram confirmados em Belém e Ananindeua e dois estavam sendo investigados.

 

Sobre a doença

A meningite é um processo inflamatório das meninges, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos, outros agentes ou processos não infecciosos. De um modo geral, a meningite bacteriana é a mais grave e dentre elas merecem atenção especial a Doença Meningocócica e a Meningite por Hemóphilus influenzae B (Hib). Elas são as únicas que obrigam as pessoas que tiveram contato com o (a) infectado (a) fazer uso de medicamentos.

 

Crianças são as mais vulneráveis, porém a doença ocorre em qualquer idade.  Ela é transmitida de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Também ocorre a transmissão fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes. 

 

Principais sintomas.

Febre, cefaleia, náuseas, vômitos, rigidez de nuca, sinais de irritação meníngea, dor muscular/articular, letargia, irritabilidade, dificuldade respiratória, alteração no estado mental e petéquias. Em crianças pequenas: abaulamento e/ou aumento de tensão da fontanela, gemência, irritabilidade e apatia que se alternam, recusa alimentar, respiração irregular. Convulsões, sinais neurológicos focais e coma são complicações que ocorrem dependendo do comprometimento encefálico.

 

Prevenção e vacinas

A vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B também protege contra a meningite e faz parte do calendário oficial de vacinação. A imunização contra a meningite por pneumococo, embora tenha sido lançada na Europa e nos Estados Unidos, onde as características da bactéria são um pouco diferentes, fornece boa proteção também no nosso País.

 

A partir de 2011, a vacina conjugada contra meningite por meningococo C  faz parte do Calendário Básico de Imunização.  O esquema de vacinação obedece aos seguintes critérios: uma dose deve ser aplicada aos três meses; outra, aos cinco meses e a dose de reforço, aos doze meses.

 

Fonte:  Alerta epidemiológico n° 01 da Sespa/ drauziovarella.uol

Foto: Divulgação

 

Mais matérias Saúde

img
Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.