Pesquisa aponta cenário eleitoral polarizado; Helder e Sabino na ponta. Biometria trava sistema do Iasp e prejudica saúde por todo o Pará Igrejas se unem para hospedar visitantes da COP em Belém diante de preços abusivos

Ofir Loyola esclarece aquisição emergencial de remédio para evitar risco de desabastecimento

Resultado da licitação deve demandar até cinco meses, tempo em que os estoques poderiam estar esgotados e possível colapso no atendimento de pacientes.

  • 330 Visualizações
  • 05/06/2025, 20:00
Ofir Loyola esclarece aquisição emergencial de remédio para evitar risco de desabastecimento

Belém, PA - Um tropeço da direção do Hospital Ofir Loyola na transparência e ampla concorrência acabou gerando dúvidas entre os observadores ante a publicação, dia 28 de maio, no Diário Oficial, de uma compra de medicamentos por dispensa de licitação no valor de R$ 1.738.398,95 com a empresa IFS Nascimento, ferindo fundamentação legal usada para esse tipo de procedimento. Cobrada, a direção do hospital se manifestou.

 

A nova Lei de Licitações, de 1 de abril de 2021, estabelece: Art. 75. É dispensável a licitação: I - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 100 mil, no caso de obras e serviços de engenharia ou de serviços de manutenção de veículos automotores; II - para contratação que envolva valores inferiores a R$ 50 mil, no caso de outros serviços e compras. Por essa regra, verifica-se que o valor ultrapassa em mais de um R$ 1,7 milhão.

 

Em linha direta com o Portal Olavo Dutra, a direção do hospital esclarece que a licitação está devidamente aberta, mas com bloqueio, até que se homologue o resultado, em quatro a cinco meses quando, possivelmente, o hospital estará desabastecido, razão da compra emergencial. Outro detalhe: alguns desses remédios são caríssimos - até R$ 200 mil -, por isso o valor não representa quase nada do total.

 

Serviços e atendimento


Com a contratação de mais médicos para assistência e apoio, obras, reestruturação e modernização, o Ofir Loyola consolida estratégicas de ampliação de sua capacidade de atendimento ao público.


Em cem dias de nova gestão, conseguiu reduzir filas, o ambulatório do Centro de Cuidados Paliativos Oncológicos experimentou um crescimento de 50,52% no volume de atendimento - sendo 12,08% a mais no atendimento domiciliar - privilegiando, prioritariamente, pessoas com maior vulnerabilidade.


A triagem de pacientes fora das possibilidades terapêuticas teve um incremento de 55,37%, com a tecnologia e a gestão eficiente também se tornando aliadas nesse novo ciclo da administração hospitalar

 

Custeio menor


O Ophir Loyola também reduziu o custeio da unidade em 54,98% em relação ao último trimestre de 2024. Segundo diretor-geral, Heraldo Pedreira, "o trabalho resultou em uma expressiva redução dos nossos custos operacionais, revertendo em investimentos diretos para fortalecer a assistência, por meio da aquisição de insumos e medicamentos, o compromisso com a eficiência, a transparência e a qualidade da assistência”.

.
Por sua vez, a nefrologia, um dos pilares mais demandados do hospital, passou atender 100 pacientes a mais por mês, aliviando bastante uma demanda historicamente reprimida.


Já na hemodiálise, o serviço ambulatorial passou a ser realizado não mais em dois, mas em três turnos e, o mais importante, com permanência de interconsultas por 24h.


O trabalho desenvolvido pelo Banco de Tecido Ocular, por outro lado, que permitiu reduzir a fila de espera de 4 anos para 5 meses, segundo dados do Sistema Nacional de Transplante, do Ministério da Saúde, tornando possível ampliar em 58,3% os transplantes de córnea.


Maior do Norte


Desde a licença de operação da Comissão Nacional de Energia Nuclear, o hospital dispõe do maior Centro de Radioterapia da região. “Entre março e abril, o serviço apresentou avanços significativos no atendimento oncológico, refletindo os esforços de reestruturação e ampliação da capacidade instalada", diz o médico Fábio Araújo, diretor clínico. "Hoje, realizamos a cirurgia estereotáxica pelo SUS, procedimento minimamente invasivo, sem cortes, que dura cerca de 10 minutos, o que evidencia o avanço no tratamento oncológico no Estado”.


Nos últimos cem dias, 200 pacientes concluíram o tratamento de radioterapia externa, enquanto outros 220 iniciaram as sessões, reduzindo o tempo de espera e promovendo maior celeridade nos cuidados com a saúde. Além disso, o hospital também realizou aproximadamente 160 inserções de braquiterapia em 50 pacientes, reforçando o compromisso com um tratamento humanizado e tecnicamente qualificado.


Foto: Divulgação

(Com a Agência Pará)

Mais matérias Saúde

img
Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.