Crescente abismo entre Brasil e USA é temporário, acredita o ministro
São Paulo, 18 - Em entrevista exclusiva ao The
Washington Post, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de
Moraes disse que a Corte Suprema está "preservando a democracia
brasileira" e, portanto, fará "o que é certo". "Não há a
menor possibilidade de recuar nem um milímetro" disse Moraes em uma
entrevista de uma hora em seu gabinete: "Faremos o que é certo:
receberemos a acusação, analisaremos as provas e quem deve ser condenado será
condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido."
Aos olhos do governo americano, Moraes é classificado como um vilão global.
"Juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal", disse o Secretário do
Tesouro Scott Bessent. "O rosto mundial da censura judicial", nas
palavras do Secretário de Estado Adjunto Christopher Landau.
"A acrimônia não é mútua", disse Moraes ao jornal americano. O
ministro disse que sempre buscou inspiração na história da governança
americana, discorrendo sobre as obras de John Jay, Thomas Jefferson e James
Madison. "Todo constitucionalista tem uma grande admiração pelos Estados
Unidos", disse o juiz.
Moraes disse que o Brasil e os Estados Unidos eram amigos e admitiu que
acreditava que o crescente abismo entre eles era temporário, impulsionado pela
política e pelo tipo de desinformação que ele passou anos tentando reprimir. O
ministro citou o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que lidera uma campanha
diplomática rebelde instando hostilidades dos EUA contra o Brasil e sanções
contra Moraes.
"Essas narrativas falsas acabaram envenenando a relação - narrativas
falsas apoiadas pela desinformação espalhada por essas pessoas nas redes
sociais", disse Moraes. "Então o que precisamos fazer, e o que o
Brasil está fazendo, é esclarecer as coisas."
Perguntado sobre a perda de liberdades pessoais e restrições de viagem impostas
a ele pelo governo dos EUA, Moraes respondeu que "isso não é agradável de
passar". Mas, segundo ele, o Brasil estava contra forças poderosas que
queriam desfazer a democracia, e era seu trabalho detê-las. "Enquanto
houver necessidade, a investigação continuará", concluiu.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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