Esquema usava campanhas de ajuda humanitária a civis palestinos em Gaza como fachada para financiar o grupo terrorista
São Paulo, SP - A polícia da Itália anunciou neste sábado, 27, a prisão de sete pessoas suspeitas de integrar um esquema de financiamento do Hamas disfarçado de campanhas de ajuda humanitária a civis palestinos na Faixa de Gaza. Outras duas pessoas, investigadas no mesmo caso, tiveram mandados de prisão internacional expedidos.
Segundo as autoridades, a operação identificou três associações que se apresentavam oficialmente como entidades de apoio a civis palestinos, mas que, na prática, teriam funcionado como fachada para o envio de recursos ao grupo terrorista. A informação consta em comunicado divulgado pela polícia italiana.
De acordo com os investigadores, os nove suspeitos são acusados de ter financiado cerca de 7 milhões de euros para “associações sediadas em Gaza, nos territórios palestinos ou em Israel, pertencentes, controladas ou ligadas ao Hamas”. Parte desses recursos, segundo a polícia, foi destinada a familiares envolvidos em atentados terroristas.
Entre os presos está Mohammad Hannoun (foto), presidente da Associação Palestina na Itália, segundo a imprensa local. Ele é apontado como uma das principais figuras do esquema identificado pelas autoridades.
Associações como fachada
No centro da investigação estão várias organizações, entre elas a Associação Beneficente de Solidariedade com o Povo Palestino (ABSPP), com sede em Gênova.
Segundo a polícia, Hannoun teria coordenado a arrecadação de fundos e desviado mais de 71% das doações para estruturas diretamente ligadas ao braço militar do Hamas.
Para contornar os mecanismos de controle do sistema financeiro internacional, os suspeitos teriam criado novas entidades e siglas, como a associação denominada “The Golden Dome”, usada para movimentar recursos sem levantar suspeitas.
A investigação teve início após o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023 e contou com a cooperação das autoridades da Holanda e de Israel. A parceria permitiu o monitoramento de fluxos financeiros e a interceptação de comunicações entre os envolvidos.
Segundo a polícia, entre os destinatários diretos dos recursos estavam figuras ligadas à cúpula do Hamas, como Osama Alisawi, ex-ministro do governo do grupo em Gaza.
Parte do dinheiro também teria sido usada para apoiar famílias de terroristas envolvidos em atentados suicidas, o que, de acordo com os investigadores, ajudava a manter a estrutura logística e ideológica da organização.
Fotografias encontradas durante a investigação mostram alguns dos suspeitos usando equipamentos de combate ao lado das Brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas.
O ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, comentou a operação em publicação no X. Segundo ele, a ação “levantou o véu sobre comportamentos e atividades que, fingindo ser iniciativas em favor da população palestina, ocultavam apoio e participação em organizações terroristas”.
Foto: Divulgação
(Com O Antagonista)
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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