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Israel ataca chefe do Hezbollah após meses sem bombardeio a Beirute

O ataque no sul da capital é o primeiro em Beirute desde junho e ocorre dias antes da visita do Papa Leão XIV ao país

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  • 23/11/2025, 18:00
Israel ataca chefe do Hezbollah após meses sem bombardeio a Beirute

Haret Hreik, LIB - Um bombardeio realizado neste domingo, 23, em Beirute matou pelo menos uma pessoa e feriu outras 21, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. O exército de Israel afirmou que o ataque aéreo visou a um líder da milícia xiita radical libanesa Hezbollah, alinhada ao Irã.


A fumaça pôde ser vista no movimentado bairro de Haret Hreik, com um vídeo circulando nas redes sociais mostrando dezenas de pessoas aglomeradas em torno da área do ataque, que parecia ter atingido o quarto andar de um edifício de apartamentos.


"Esta é definitivamente uma área civil e desprovida de qualquer presença militar, especialmente o bairro onde estamos", disse Ali Ammar, parlamentar do Hezbollah, Ali Ammar, a repórteres perto do local. Ammar não deu detalhes sobre quem foi o alvo do ataque.


O prédio permaneceu de pé após o ataque, que fez com que detritos caíssem sobre carros estacionados abaixo. Tiros puderam ser ouvidos para dispersar as multidões enquanto equipes de resgate e bombeiros chegavam ao edifício de apartamentos. O exército libanês isolou a área.


O ataque no sul da capital é o primeiro em Beirute desde junho e ocorre dias antes da visita do Papa Leão XIV ao país.


Ataques se intensificam


Israel e os Estados Unidos têm pressionado o Líbano para desarmar o poderoso grupo radical. O exército libanês emitiu um plano aprovado pelo governo que desarmaria o Hezbollah.


Israel alega que o Hezbollah está tentando reconstruir suas capacidades militares no sul do Líbano, o que é negado pelo governo libanês. O Líbano e os capacetes azuis da Organização das Nações Unidas têm criticado os ataques israelenses em curso no país e os acusam de violar o acordo de cessar-fogo.


O presidente do Líbano, Joseph Aoun, disse que o país está pronto para entrar em negociações com Israel para interromper seus ataques aéreos e retirar-se de cinco pontos no topo de colinas que ocupa em território libanês. Não está claro se Israel concordará com a oferta.


Aoun e o primeiro-ministro Nawaf Salam afirmam estar comprometidos em desarmar todos os atores não estatais no país, incluindo o Hezbollah.


Na semana passada, um ataque israelense matou 13 pessoas no campo de refugiados palestinos de Ein el-Hilweh, perto da cidade de Sidon, no sul, no ataque mais letal desde que um cessar-fogo entrou em vigor. Os militares disseram que miraram em uma instalação militar pertencente ao grupo terrorista palestino Hamas. O Hamas negou ter quaisquer instalações militares no campo lotado.


Foto: AFP

Estadão conteúdo

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Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.