Nomeações sucessivas levantam suspeita de uso político da máquina pública em benefício da família
vereadora Priscila Veloso, do PSD, de Marabá, volta a enfrentar questionamentos sobre uso político da máquina pública em benefício próprio e de familiares. Seu filho, Paulo Ricardo Veloso da Silva, reaparece em cargo comissionado na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, agora como assistente da diretoria, com salário superior a R$ 4,5 mil mensais.

A situação levanta suspeitas de que se trata de mais uma função fantasma, remunerada pelo erário sem a prestação de serviços correspondente.
Não é a primeira vez que o filho da vereadora se beneficia da proximidade familiar com cargos públicos. Em 2024, quando Priscila deixou o cargo de secretária-adjunta de Assistência Social para disputar eleições, Paulo Ricardo foi nomeado na mesma pasta, sem formação ou experiência na área. Depois, apareceu como servidor da limpeza urbana do município e, posteriormente, circulou pelo gabinete da atual prefeitura, alegadamente cedido pelo serviço de saneamento ambiental, sem que registros confirmassem atividades efetivas.
A nova nomeação no Legislativo estadual representa a terceira “boquinha” ocupada pelo jovem em menos de dois anos - todas ligadas direta ou indiretamente à influência política da mãe.
Especialistas em administração pública e ética política apontam que a prática configura um caso clássico de nepotismo disfarçado. “Cargos comissionados são feitos para servidores qualificados, que cumpram funções essenciais. Quando se transformam em instrumento de favorecimento familiar, há um prejuízo direto à população, que financia salários sem retorno de serviços”, afirma um cientista político ligado à Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.
Para a sociedade, a consequência é clara: recursos públicos desviados para interesses particulares em vez de serem aplicados em serviços essenciais, educação, saúde e infraestrutura. Em Marabá, enquanto as ‘boquinhas’ familiares se acumulam, cidadãos enfrentam filas, precariedade e falta de atendimento.
Procurada, Priscila Veloso não respondeu aos pedidos de esclarecimento sobre as nomeações e o exercício efetivo das funções por seu filho. A Assembleia Legislativa também não se manifestou oficialmente sobre a situação de Paulo Ricardo.
O caso reabre o debate sobre a necessidade de fiscalização rigorosa e transparência nas nomeações de cargos comissionados no Pará. Mais do que ética, é uma questão de respeito ao dinheiro público e à população que paga impostos.
Ao fim e ao cabo, Marabá ganha uma nova lição: nepotismo e política familiar continuam a desafiar limites legais e morais, enquanto o erário vira palco de privilégios que pouco têm a ver com serviço público e muito com manutenção de poder.

•Semana passada, andaram fazendo um grande bafafá nas redes sociais envolvendo uma suposta proposta da Secretaria de Cultura do Pará pedindo, em suma, que artistas paraenses se apresentassem de graça nestes tempos em que parece sobrar dinheiro na COP30.
•Ora, ora: ninguém trabalha de graça - ainda mais quando se pensa que há dinheiro de sobra. Na verdade, a Secretaria errou ao divulgar a informação, mas está tudo esclarecido.
•A quem interessar possa: sob Ursula Vidal (foto), a cultura do Pará recebeu quase meio bilhão para fomento e editais em dinheiro vivo.
•Mudando de cidade: Maria Fofoqueira está com a língua solta, mas a realidade é outra. Não é verdade que a moça está de namorado novo. Ele apenas foi ver o rio, Maria - não cria factoide.
•A deputada Júlia Zanatta apresentou projeto de lei que altera a Lei Maria da Penha para incluir o contraditório e a ampla defesa nos pedidos de medidas protetivas e prever punições civis e penais em casos de denúncias falsas.
•Câmara realizará audiência pública sobre o projeto de Kim Kataguiri que propõe isenção do Imposto de Importação para compras internacionais de até US$ 50.
•Deputada Ana Pimentel quer incluir noções de democracia, direitos humanos, cidadania e ética nos currículos do ensino fundamental e médio, com o objetivo de fortalecer valores democráticos e combater a desinformação.
•Projeto de lei de Marcos Pollon prevê gratuidade em voos para acompanhantes de pessoas com deficiência, autismo ou doenças raras, visando facilitar deslocamentos para tratamento médico.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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